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domingo, 24 novembro, 2024
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Juros disparam porque Lula insiste em erros econômicos

Por Alexandre Gomes

A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, encerrando uma sequência de sete cortes seguidos, reacende o debate sobre a política econômica do governo Lula, sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora Haddad tenha adotado uma postura cautelosa, afirmando que só se manifestaria após a divulgação da ata do Copom, é inegável que a alta dos juros está intimamente relacionada às ações econômicas do governo.

O editorial da Gazeta do Povo, intitulado “Os juros sobem porque Lula não se emenda”, faz uma conexão direta entre as decisões do governo e a necessidade de aumentar os juros. O Copom justificou o aumento citando uma economia aquecida e inflação persistente, com expectativas inflacionárias desancoradas, indicando que o mercado não prevê que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinja a meta de 3% nos próximos anos. Esses fatores estão relacionados, segundo o editorial, à “insanidade fiscal” e ao estímulo ao consumo promovido pela gestão Lula.

O governo, ao expandir os gastos públicos e incentivar o consumo, adota uma estratégia que pode gerar benefícios a curto prazo, mas cujos efeitos negativos a longo prazo são evidentes, segundo a crítica. O editorial ressalta que, sem cortes significativos nas despesas, a administração recorre a novos impostos e ao aumento da dívida pública, colocando o Banco Central em uma posição onde o aumento dos juros é necessário para conter a inflação.

Outro ponto levantado é o papel do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu gastos fora do teto para o combate às queimadas, o que é visto como mais um exemplo da falta de responsabilidade fiscal do governo. Mesmo com um arcabouço fiscal flexível, o governo busca maneiras alternativas para atingir suas metas mínimas.

A alta da Selic no Brasil contrasta com a tendência de queda dos juros nos Estados Unidos, o que poderia atrair dólares para o Brasil e ajudar a reduzir os preços de produtos importados. No entanto, o editorial alerta que as declarações erráticas de Lula podem gerar instabilidade no câmbio, comprometendo esse possível alívio.

Em resumo, o editorial da Gazeta do Povo argumenta que a elevação da Selic é consequência direta das escolhas econômicas do governo Lula. A política fiscal expansionista, combinada com a ausência de cortes significativos nos gastos públicos, são apontadas como os principais fatores que forçaram o aumento dos juros, apesar das tentativas do governo de transferir a responsabilidade para o Banco Central ou de minimizar as críticas.

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