Um novo relatório alarmante da ONU revelou a gravidade da crise de direitos humanos na Venezuela, descrevendo o país como enfrentando “uma das mais severas crises humanitárias da história recente”. De acordo com a Missão Independente da ONU, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o governo de Nicolás Maduro intensificou suas ações repressivas para suprimir a oposição, levando a prisões arbitrárias, torturas e execuções. Essas práticas fazem parte de um “plano coordenado para silenciar dissidentes”, segundo o relatório.O documento detalha a prisão de centenas de pessoas, incluindo militares, ativistas e jornalistas, sob acusações frágeis de “terrorismo” e “tentativa de golpe”. Entre os detidos, havia menores de idade e pessoas com deficiências, que foram submetidas a torturas e execuções extrajudiciais.Apesar dessas revelações, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, tem adotado uma postura branda em relação ao regime de Maduro. Em maio de 2023, durante a visita de Maduro ao Brasil, Lula minimizou a situação, afirmando que o governo chavista era alvo de uma “narrativa de antidemocracia e autoritarismo” e que a Venezuela merecia uma “narrativa muito mais positiva”.Além disso, o Brasil se absteve de apoiar uma resolução da ONU que exigia a restauração da democracia na Venezuela, posicionando-se ao lado de países como China e Rússia. A atitude de Lula em relação ao regime de Maduro contrasta significativamente com suas críticas a outros governos de direita, levando a acusações de que o governo brasileiro estaria ignorando violações de direitos humanos quando se trata de aliados políticos de esquerda.Apesar das evidências apresentadas pela ONU, o Brasil continua a manter relações normais com Maduro, enquanto a população venezuelana sofre sob um regime autoritário e opressor.
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