Piloto do Amazonas faz estágio no Rio para implementar serviço inovador na região Norte
O estado do Rio de Janeiro, pioneiro no uso de helicópteros exclusivos para o transporte de órgãos e recém-nascidos prematuros com suporte de UTI, está servindo de exemplo para outras regiões do Brasil. Desde agosto, a Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) está treinando um piloto do Amazonas, Ralf Kanitz, que levará essa expertise para o seu estado. A equipe do SOAer, em operação há três anos, já transportou 627 órgãos e 312 bebês, e ajudou o Rio a subir do 14º para o 3º lugar no ranking nacional de transplantes.
Ralf, fascinado por aeronaves desde a infância, vinha acompanhando as operações da SOAer pelas redes sociais e agora está em treinamento intensivo no Rio de Janeiro. Com 25 anos de experiência na Polícia Civil do Amazonas e 12 como piloto de helicóptero, ele está aprendendo todos os detalhes do serviço, desde o planejamento de voo até os cuidados no transporte de órgãos. O objetivo é levar esse modelo de sucesso ao Amazonas, onde a necessidade de um sistema eficiente de transporte aeromédico é grande devido às longas distâncias da região.
Durante seu estágio, Ralf participou de resgates marcantes, incluindo o transporte de um bebê com problemas cardíacos e uma criança com leucemia, ambos em situações de emergência. Ele também esteve envolvido no transporte de órgãos vitais, como coração, rim e fígado. Essas experiências destacam a importância do serviço no salvamento de vidas.
A SOAer tem atraído profissionais de todo o Brasil, como a médica cirurgiã Lalluna Brandão, que em 2022 realizou estágio no Rio para conhecer a logística de transporte de órgãos. Em Recife, onde ela atua, não há uma aeronave exclusiva para a saúde, tornando o modelo do Rio uma inspiração para outros estados.