Washington, 12 de setembro de 2024 – Em uma ação decisiva contra o regime de Nicolás Maduro, os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (12) a imposição de sanções a 16 autoridades venezuelanas ligadas ao presidente venezuelano. As sanções são uma resposta ao papel dessas autoridades na obstrução de eleições livres e justas na Venezuela, e vêm em um momento de crescente tensão política no país.
A decisão dos EUA ocorre pouco mais de um mês após as eleições presidenciais na Venezuela, e alguns dias depois que o candidato da oposição Edmundo González fugiu do país. Os Estados Unidos reconheceram González como o verdadeiro vencedor das eleições, citando a repressão sistemática e as manobras antidemocráticas perpetradas pelo governo de Maduro.
Em um comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que a saída de González da Venezuela foi um “resultado direto das medidas antidemocráticas” desencadeadas por Maduro. “Essas ações têm sido um ataque direto à democracia e aos direitos do povo venezuelano”, afirmou Blinken. “Estamos tomando medidas para responsabilizar aqueles que têm ajudado a perpetuar o regime autoritário de Maduro.”
O Departamento do Tesouro dos EUA detalhou que as sanções visam membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), instituições que, segundo os EUA, impediram a realização de um processo eleitoral transparente e a divulgação precisa dos resultados. Além desses, as sanções também se dirigem a membros das forças armadas, dos serviços de inteligência e do governo, que têm intensificado a repressão através de intimidações, detenções arbitrárias e censura.
Estas novas sanções representam uma ampliação das medidas restritivas impostas pelos EUA à Venezuela, que já incluíam sanções contra Maduro desde 2017. Com as novas medidas, o governo dos EUA busca pressionar ainda mais o regime de Maduro e demonstrar seu apoio à oposição venezuelana.
O movimento também serve como um sinal para outros países que possam estar contemplando relações com o governo venezuelano. Ao punir diretamente os responsáveis pela manipulação eleitoral e pela repressão dos opositores, os Estados Unidos esperam intensificar o isolamento internacional de Maduro e promover um ambiente mais favorável à democracia na Venezuela.
Para mais detalhes sobre as sanções e seu impacto na política venezuelana, continue acompanhando nossa cobertura.