Os Correios registraram prejuízo novamente no segundo trimestre deste ano, conforme reportagem da revista Veja. Se a estatal não conseguir reverter essa situação nos próximos meses, 2024 pode ser mais um ano de déficit financeiro.
Durante o segundo trimestre, a receita da empresa alcançou R$ 4,78 bilhões, uma redução de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O prejuízo líquido aumentou em 36%, totalizando mais de R$ 500 milhões.
Analisando os dados semestrais, o prejuízo soma R$ 1,35 bilhão, um aumento de quase 85% em relação aos R$ 735 milhões negativos registrados no primeiro semestre de 2023. Essas informações estão disponíveis no site dos Correios.
A estatal, que detém o monopólio da entrega de correspondências e cartas no Brasil, enfrenta crescente concorrência no setor de encomendas, que tem se expandido com o aumento das compras online.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, os Correios foram incluídos na lista de privatizações, mas a proposta foi cancelada pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo atual criou um projeto para fortalecer a empresa e prometeu reverter a situação financeira.
Nos últimos anos, a receita do serviço de entrega de cartas caiu 8%, para cerca de R$ 2,3 bilhões, enquanto a receita com encomendas cresceu 1,4%, alcançando pouco mais de R$ 4,5 bilhões. Esse crescimento nas encomendas reflete a diminuição das compras internacionais após o aumento da taxação no programa Remessa Conforme.