A missão militar europeia no Mar Vermelho, promovida por Roma em parceria com Paris e Berlim, representa “um passo considerável em direção a uma verdadeira defesa europeia”.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou em Bruxelas que a Itália está pronta para desempenhar seu papel na missão. Ele destacou que a intervenção militar no Mar Vermelho tem como objetivo a defesa dos navios mercantes italianos, considerando o colapso no tráfego mercante. Tajani enfatizou que, como país exportador, a Itália tem a responsabilidade de proteger seus navios, visto que possuir navios é um dever da República e do governo.
Questionado sobre a possibilidade de a missão naval ser interpretada como uma intervenção militar na região, Tajani esclareceu que será uma defesa reforçada dos navios mercantes, sem participação ativa no momento, mas com a previsão do uso da força para proteger esses navios. Ele comparou a missão proposta à existente no Estreito de Ormuz, onde a ideia é uma defesa robusta dos navios mercantes, incluindo a possibilidade de abater qualquer ameaça que atinja os navios da rota Suez-Ormuz.
Tajani revelou que, em conjunto com França e Alemanha, propõe uma missão para garantir a segurança do tráfego marítimo. Ele expressou esperança de que a missão seja aprovada no próximo Conselho de Negócios Estrangeiros, após uma luz verde substancial na reunião atual. A missão no Mar Vermelho, segundo o ministro, pode incluir a missão Emasoh/Agenor no Estreito de Ormuz.
Quanto à defesa necessária, Tajani destacou a importância de um sistema robusto capaz de abater drones e mísseis lançados pelos Houthis, visando a proteção militar eficaz. Ele assegurou que o Parlamento será informado sobre a missão, embora não seja obrigatório, destacando a importância da transparência e da comunicação com os legisladores.
