“Nunca se conformem com a ideia de que a guerra pode resolver problemas e conduzir à paz”, afirmou o Papa Francisco, destacando que a guerra é sempre “uma rendição vergonhosa às forças do mal” que apenas traz “morte e destruição”. O Papa fez esse forte alerta em uma mensagem enviada nesta terça-feira, 3, para cerca de 500 jovens da Diocese italiana de Amalfi-Cava de’ Tirreni, reunidos na antiga cidade de Scala, na Costa Amalfitana, para discutir como se tornar “Instrumentos de paz” no mundo atual.
“Queridos jovens, escolheram um tema muito relevante! A urgência diante das guerras e das inúmeras vidas perdidas diariamente, incluindo crianças, idosos, jovens e adultos, é evidente. Jesus vive e deseja que vocês também vivam! Sem paz, não há vida, apenas morte e destruição.”
Como se Tornar Instrumentos de Paz
Para trilhar o caminho da paz, o Papa propôs três formas “seguras” de se tornar instrumentos de paz. A primeira é preencher o dia com gestos de paz. Francisco mencionou o beato Sasso, fundador da Ordem dos Hospitalários de São João de Jerusalém, que mais tarde se tornou a Ordem Militar Soberana dos Cavaleiros de Malta. Durante um período de guerra, “ele fundou o primeiro hospital inter-religioso em Jerusalém”, lembrou o Papa, incentivando os jovens:
“Assim como ele, vocês também podem construir pontes de amizade e solidariedade. Iluminem cada hora do seu dia com um gesto de paz: um ato de serviço, de ternura, de perdão.”
A segunda maneira, de acordo com o Papa, é rezar pela paz com sinceridade, especialmente diante da impotência frente aos desafios globais:
“Temos uma arma poderosa que é a oração. Vamos usá-la! Rezemos mais pela paz, para que ela se concretize. Invocamos a paz com fé e confiança! Comprometamo-nos diariamente com a oração pessoal pela paz. Reunamo-nos para momentos de adoração eucarística diante do Senhor, o Rei da Paz.”
Finalmente, o Papa sugeriu uma terceira forma de se tornar um instrumento de paz: viver como peregrinos de esperança, com coragem e sem desistir de “sonhar com uma paz justa e com a fraternidade”:
“Olhem além da escuridão! Não se deixem enganar pela ideia de que a guerra pode resolver problemas e trazer paz. A guerra é sempre uma derrota, uma rendição vergonhosa diante das forças do mal. Lembremo-nos das vítimas, para que nunca as esqueçamos, e usemos essa lembrança para abrir concretamente um caminho de reconciliação no presente.”