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quinta-feira, 19 setembro, 2024
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María Corina Machado acusa regime de perder a ‘noção da realidade’ após pedido de prisão

Por Marina B.

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, usou seu perfil no X (anteriormente Twitter) para afirmar que o regime perdeu “toda a noção da realidade”. A declaração foi feita após a Justiça venezuelana emitir uma ordem de prisão contra Edmundo González Urrutia, de 75 anos, candidato da Plataforma Unitária Democrática e principal adversário do presidente Nicolás Maduro.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a suspensão do X no Brasil, mas brasileiros no exterior ainda podem acessar a plataforma, onde foram lidas as mensagens de María Corina. Em suas postagens, ela criticou duramente a decisão, afirmando: “Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o presidente eleito, apenas conseguirão nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González. Serenidade, coragem e firmeza. Seguimos em frente”.

María Corina também afirmou: “Maduro perdeu totalmente o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González cruza uma nova linha e só fortalece a determinação do nosso movimento. Venezuelanos e democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade”.

O mandado de prisão foi emitido após González ignorar três intimações do Ministério Público para esclarecer a divulgação de atas eleitorais, usadas pela oposição para reivindicar sua vitória na eleição presidencial. González alegou que não compareceu devido à falta de garantias de segurança.

Desde 30 de julho, quando participou de uma manifestação contra o regime, González não é visto em público e permanece em ocultação para proteger sua integridade. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público, que o acusa de vários crimes, incluindo usurpação de funções e falsificação de documentos públicos. O mandado de prisão é, na prática, uma reação à coleta e publicação de atas eleitorais por parte de González e de seu partido.

A Venezuela vive sob o regime autoritário de Nicolás Maduro, com restrições à liberdade de imprensa e prisões por motivos políticos. A situação é amplamente criticada por organizações internacionais, como a OEA e a Human Rights Watch, que destacam a falta de liberdade e o êxodo de venezuelanos desde 2014. Apesar das alegações de fraude nas eleições de julho de 2024, Maduro continua negando que o país seja uma ditadura.

A eleição presidencial foi contestada pela comunidade internacional. María Corina Machado, impedida de concorrer, indicou Corina Yoris, que enfrentou problemas para formalizar a candidatura. O Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo governo, declarou Maduro vencedor sem divulgar os boletins de urna. A Human Rights Watch e diversos países, incluindo Estados Unidos e membros da União Europeia, criticaram o processo eleitoral, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez críticas contundentes.

*As informações são do Poder360.

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