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sábado, 21 setembro, 2024
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Lira adia anúncio de candidato à presidência da Câmara e aguarda Bolsonaro

Por Marina B.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), adiou o anúncio previsto para este fim de semana sobre seu apoio à presidência da Casa em 2025 e se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir a questão.

Desde o início do ano, Lira havia prometido definir seu candidato até o fim de agosto, antes do início da campanha eleitoral municipal. O prazo expirou neste sábado (31).

O presidente da Câmara informou a aliados que pretende fazer o anúncio nos próximos dias. No domingo (1º), Lira se encontrou com Bolsonaro para discutir o cenário das pré-candidaturas.

Lira afirmou publicamente que pretende apoiar um deputado que possa unir o PL de Bolsonaro e o PT de Lula — as duas maiores bancadas da Câmara.

Embora a eleição para o comando da Câmara só aconteça em fevereiro, a campanha já está em andamento.

Em julho, em entrevista à CNN Brasil, Lira explicou que queria definir seu candidato em agosto para permitir um amadurecimento “tranquilo” ao longo do mês. Ele também mencionou que o prazo possibilitaria eventuais “ajustes” e “correções” posteriores.

Como não pode se reeleger, Lira busca transferir seu capital político para um candidato de sua escolha. No entanto, ainda não há consenso sobre nenhum dos candidatos à presidência da Câmara, e o cenário continua incerto.

Atualmente, estão na disputa os líderes Antonio Brito (PSD-BA), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP).

Desde o início do ano, os parlamentares têm feito movimentos tanto à direita quanto à esquerda para consolidar suas candidaturas.

Dentre os candidatos, Elmar é visto como o mais próximo de Lira, com quem mantém uma amizade. Isnaldo, por outro lado, é considerado o menos provável de receber apoio de Lira, devido a serem de grupos políticos adversários em Alagoas.

Nos bastidores, há uma expectativa de que Lira indique apoio a Elmar, apesar de reconhecer que há resistência ao nome do líder do União Brasil entre membros do governo federal e outros parlamentares. Há preocupações de que Elmar não tenha votos suficientes para ser eleito.

A falta de consenso e as resistências a Elmar foram os principais motivos para o adiamento do anúncio por parte de Lira.

Relatos indicam que o cenário continua incerto e que esse foi o motivo para o adiamento. Alguns parlamentares passaram a defender a união das outras candidaturas para enfrentar Elmar.

Os três partidos mencionados integram o mesmo bloco na Câmara (com 147 deputados) e já sinalizaram a possibilidade de unificação das candidaturas em um segundo momento. No entanto, nenhum dos candidatos demonstrou intenção de desistir da corrida agora.

Nos bastidores, aliados de Lira afirmam que ele também estava buscando cumprir acordos prévios. De acordo com deputados, Lira tinha um compromisso de apoiar tanto Marcos Pereira quanto Elmar.

Em agosto, Elmar foi escolhido para liderar o maior bloco da Câmara, que inclui 161 deputados dos partidos União Brasil, PP, PDT, Avante, Solidariedade e PRD. Com a possibilidade de Lira indicar Elmar, uma ala da Câmara iniciou uma ofensiva contra a candidatura do deputado.

Lira teria indicado a Marcos Pereira que, se houvesse uma união das outras candidaturas, poderia apoiar o presidente do Republicanos em vez de Elmar.

Pereira, Brito e Isnaldo são do mesmo bloco na Câmara (147 deputados, incluindo o Podemos). Eles discutiram a possibilidade de unificar a candidatura em um jantar em Brasília, na casa de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, mas não chegaram a um consenso.

Na sexta-feira (30), Marcos Pereira se reuniu com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para tentar obter o apoio do partido para sua candidatura, mas a tentativa fracassou. Avalia-se que Brito tem hoje mais chances de derrotar Elmar no plenário, já que o líder do União Brasil enfrenta resistência entre membros do governo federal e parlamentares devido à sua postura.

Deputados do bloco indicam que os partidos poderão convergir em torno de uma candidatura única, mas isso deve ocorrer apenas em um segundo momento, possivelmente em um eventual segundo turno na eleição.

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