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sábado, 21 setembro, 2024
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General americano alerta para ataques à democracia global com foco na Venezuela

Por Marina B.

Um general de alto escalão dos EUA acusou o presidente venezuelano Nicolás Maduro na quarta-feira de subverter a vontade democrática do povo venezuelano após a controversa eleição presidencial de julho, descrevendo o incidente como um exemplo de como a democracia está sendo atacada globalmente.

O conselho eleitoral da Venezuela declarou Maduro, no poder desde 2013, como vencedor das eleições de 28 de julho, mas não divulgou a contagem completa dos votos. A oposição venezuelana apresentou suas próprias contagens, alegando uma vitória esmagadora para seu candidato.

Diversos países ocidentais, predominantemente democracias, e organismos internacionais, como um painel de especialistas das Nações Unidas, pediram a divulgação das contagens completas. Alguns alegaram fraude evidente por parte do partido governista do líder socialista.

O governo dos EUA citou “evidências contundentes” de que o candidato da oposição, Edmundo Gonzalez, recebeu a maioria dos votos. “A democracia e seus valores fundamentais estão sendo atacados globalmente, e a Venezuela é um exemplo claro, onde Nicolás Maduro continua a minar a vontade democrática do povo venezuelano”, afirmou a General Laura Richardson, comandante do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA.

Em Santiago, no Chile, durante uma reunião de líderes militares da América Latina, Richardson responsabilizou diretamente Maduro pela crise que levou à fuga de milhões de venezuelanos. Ela também discutiu ameaças globais aos valores democráticos, incluindo campanhas de desinformação que visam “minar a estrutura das sociedades democráticas”.

Maduro e seus aliados desdenharam as críticas internacionais, apontando escândalos eleitorais recentes nos EUA e no Brasil como prova do que eles consideram ser hipocrisia ocidental em relação à Venezuela.

Tanto a oposição quanto o partido no poder convocaram comícios na quarta-feira para marcar o aniversário de um mês das eleições. A ministra da Defesa chilena, Maya Fernández, neta do ex-presidente socialista Salvador Allende, que foi deposto por um golpe militar na década de 1970, também discursou na conferência em Santiago. Fernández não mencionou a Venezuela diretamente, mas destacou a importância do “respeito pela autodeterminação e soberania de cada país”. O governo chileno, liderado pelo presidente Gabriel Boric, tem adotado uma postura firme em relação à Venezuela, chamando o governo de Maduro de “uma ditadura que falsifica eleições”.

O General da Força Aérea dos EUA, CQ Brown, presidente do Estado-Maior Conjunto, também falou no evento em Santiago, enfatizando a necessidade de preservar a democracia na região, embora não tenha mencionado especificamente a Venezuela. Representantes venezuelanos não participaram do evento.

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