A expectativa é crescente em Papua Nova Guiné com a iminente visita do Papa Francisco em 6 de setembro, especialmente na cidade costeira de Vanimo, conforme relatou o Padre Martín Prado.
“Muitas pessoas não sabiam da viagem do Papa devido ao acesso limitado a notícias e redes sociais. Agora, estamos todos muito entusiasmados e nos esforçando ao máximo para recebê-lo da melhor maneira possível,” disse o padre em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).
A comunidade católica local está realizando preparativos intensos, que incluem vigílias de oração, ensaios de hinos e danças culturais tradicionais, tudo para ser apresentado no campo de futebol da cidade, que foi adaptado para a ocasião.
“O cristianismo aqui ainda é interpretado muitas vezes através do prisma das crenças ancestrais, o que dificulta uma compreensão plena da fé cristã,” acrescentou o padre.
Ele mencionou que o trabalho missionário em áreas remotas da selva tem levado a compromissos espirituais significativos, como batismos e a introdução do Evangelho.
“Na selva, por exemplo, tivemos a oportunidade de batizar famílias inteiras, ensiná-las a fazer o sinal da cruz e pregar o Evangelho pela primeira vez,” relatou.
Apesar desses avanços, a fusão de crenças ancestrais com ensinamentos cristãos continua a ser um desafio. O Padre Prado destacou os esforços da comunidade em promover discernimento e educação. “Nosso papel como missionários é ajudar os cristãos a compreender que essas crenças não são compatíveis e tentar trazer mudanças,” afirmou.
Comentando sobre os desafios específicos enfrentados pelos jovens, o padre sublinhou que os conceitos de casamento e vida familiar na região diferem significativamente das normas ocidentais.
