O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Garcia Martins, não conceda uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Filipe Martins, que passou seis meses preso sob a acusação de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado e risco de fuga do país, está sujeito a várias restrições. Além da proibição de se comunicar com outros investigados no caso, Martins deve usar tornozeleira eletrônica, se apresentar semanalmente à Justiça e não deixar o país.
Moraes justificou a censura afirmando que permitir a entrevista poderia prejudicar o andamento das investigações. “No atual momento das investigações, a realização da entrevista com o investigado não é conveniente para a investigação criminal, a qual continua em andamento”, destacou o ministro em seu despacho.
A defesa de Filipe Martins criticou a decisão de Moraes, alegando que as medidas cautelares são injustas e fundamentadas em erros. “O caso é uma flagrante injustiça, originada de um erro policial e judicial, resultando em uma prisão ilegítima desde o início. As medidas impostas não têm fundamento e representam uma afronta à justiça, perpetuando um erro em vez de corrigi-lo”, afirmou a defesa.
