A filiação católica na Espanha tem mostrado um declínio contínuo nos últimos anos, conforme revelam pesquisas mensais do Centro Oficial de Pesquisas Sociológicas (CIS). Nos últimos cinco anos, a porcentagem de pessoas que se identificam como católicas, seja na forma prática ou apenas nominal, caiu mais de 12 pontos percentuais. Esse declínio é acompanhado por um aumento significativo no número de pessoas que se identificam como ateus, agnósticos ou indiferentes à religião, que cresceram quase 14 pontos percentuais no mesmo período.
Atualmente, apenas 17,8% da população se considera católica praticante, enquanto 36,6% se identificam como católicos não praticantes. Em contraste, 12,7% se descrevem como “indiferentes ou não crentes”, 16,1% como “ateus” e 12,1% como “agnósticos”, totalizando mais de 40% da população sem afiliação religiosa ativa.
A situação das minorias religiosas, incluindo os evangélicos, também merece atenção, embora o CIS não forneça dados específicos sobre religiões fora do catolicismo. Estima-se que entre 1% e 2% da população espanhola seja evangélica, embora esses números sejam difíceis de verificar com precisão. O último estudo oficial de 2018 indicou que 2% dos espanhóis eram protestantes, 1,5% muçulmanos e 1,1% cristãos ortodoxos.
Além disso, segundo Evangelical Focus, a frequência aos cultos também caiu drasticamente. Um relatório recente da PR Agency revelou que 80,4% dos espanhóis não praticam ativamente nenhuma religião.
Esses dados refletem uma mudança cultural significativa na Espanha, onde a secularização parece estar crescendo, especialmente entre as gerações mais jovens. A queda na filiação católica e o aumento do número de não crentes e indiferentes à religião indicam uma transformação profunda no panorama religioso do país.
