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domingo, 24 novembro, 2024
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Zuckerberg revela pressão da Casa Branca para censura de conteúdo sobre Covid-19 e Hunter Biden

Por Marina B.

Mark Zuckerberg, presidente e CEO da Meta, revelou em uma carta ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes, na segunda-feira, que sua empresa enfrentou pressão significativa da administração Biden em 2021 para censurar certos conteúdos relacionados à pandemia de Covid-19.

Zuckerberg afirmou que, durante o ano de 2021, altos funcionários do governo Biden, incluindo membros da Casa Branca, insistiram repetidamente para que sua equipe removesse conteúdos sobre a Covid-19, inclusive posts de humor e sátira, e expressaram frustração quando a Meta não atendeu a essas solicitações. O CEO admitiu que, com a perspectiva atual, algumas decisões tomadas na época não seriam mais feitas da mesma forma e que lamenta a falta de transparência da empresa.

“Como eu disse à equipe na época, acredito firmemente que nossos padrões de conteúdo não devem ser comprometidos por pressões de qualquer administração. Estamos prontos para reagir se essa situação ocorrer novamente”, escreveu Zuckerberg.

Em julho de 2021, o presidente Biden afirmou que as plataformas de mídia social estavam “matando pessoas” com desinformação sobre a pandemia, embora posteriormente tenha recuado desses comentários. O cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, também havia classificado a desinformação nas redes sociais como uma “séria ameaça à saúde pública”.

A Casa Branca respondeu à carta de Zuckerberg afirmando que o governo incentivava “ações responsáveis para proteger a saúde e a segurança públicas”, e que as empresas de tecnologia devem considerar os impactos de suas ações, mantendo a independência nas escolhas sobre as informações que publicam.

Além disso, Zuckerberg mencionou que o FBI havia alertado a Meta sobre a possibilidade de desinformação russa relacionada a Hunter Biden e à Burisma durante as eleições de 2020. Como resultado, a Meta temporariamente limitou a divulgação de reportagens do New York Post sobre alegações de corrupção envolvendo a família Biden, enquanto aguardava a verificação dos fatos. Zuckerberg reconheceu que essa decisão foi inadequada e que a empresa não deveria ter restringido a história.

Desde então, a Meta ajustou suas políticas para evitar rebaixar conteúdo nos EUA enquanto aguarda a verificação dos fatos. Zuckerberg garantiu que não repetirá as ações do passado e que a empresa adotará uma postura neutra em relação às iniciativas eleitorais futuras.

A carta provocou reações entre os republicanos do Comitê Judiciário da Câmara, que acusaram Zuckerberg de admitir que o governo Biden pressionou o Facebook para censurar os americanos e suprimir a história sobre Hunter Biden.

Zuckerberg, que já enfrentou críticas de republicanos por alegada parcialidade política, tentou dissociar a Meta de qualquer viés político e reiterou que as decisões da empresa são tomadas com imparcialidade. Em depoimentos anteriores ao Congresso, ele reconheceu a presença de funcionários com inclinações políticas diversas, mas insistiu que isso não influencia a moderação de conteúdo.

Recentemente, a Suprema Corte decidiu, por 6-3, que os demandantes que acusaram o governo federal de censurar vozes conservadoras nas redes sociais não tinham legitimidade para buscar uma liminar. A juíza Amy Coney Barrett afirmou que os demandantes não conseguiram demonstrar um risco substancial de lesão futura que pudesse ser rastreada ao governo.

Enquanto isso, o News Literacy Project, um grupo educacional não partidário, relatou mais de quinhentos casos de desinformação durante o ciclo eleitoral de 2024, incluindo falsos endossos de celebridades.

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