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domingo, 24 novembro, 2024
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Morador de Nova York acusado de espionagem a serviço de Pequim pelo Departamento de Justiça dos EUA

Por Marina B.

Um residente de Nova York de origem chinesa foi acusado de atuar como agente ilegal a serviço de Pequim, conforme informou o Departamento de Justiça dos EUA.

Tang Yuanjun, cidadão americano, enfrenta acusações de espionagem contra ativistas pró-democracia e dissidentes chineses nos EUA. Entre 2018 e 2023, ele teria fornecido informações aos serviços de inteligência chineses, segundo o Departamento de Justiça.

Acusações contra Tang Yuanjun

Tang é acusado de executar “tarefas sob a orientação do Ministério da Segurança do Estado (MSS)” da China, principal agência de inteligência civil do país. Ele teria repassado informações sobre “indivíduos e grupos considerados adversos” aos interesses de Pequim, incluindo “importantes ativistas e dissidentes pró-democracia chineses” residindo nos EUA. Além disso, Tang é acusado de mentir ao FBI sobre o acesso à conta de e-mail que utilizava para comunicação com seu contato no MSS.

Recentemente, autoridades ocidentais têm intensificado as acusações contra Pequim por sua suposta vigilância sobre comunidades da diáspora chinesa. No início deste mês, um acadêmico sino-americano em Nova York foi condenado por espionagem a serviço de Pequim.

Quem é Tang Yuanjun?

Tang, 67, nasceu na província de Jilin, no nordeste da China, e participou do movimento democrático de 1989, sendo condenado a 20 anos de prisão pela sua participação, dos quais cumpriu oito. Ele conseguiu escapar nadando até a ilha de Dadan, próxima à costa da China continental, mas governada por Taiwan, e recebeu asilo político nos Estados Unidos.

Atualmente residente no bairro de Queens, em Nova York, Tang é um cidadão americano naturalizado e não possui mais cidadania chinesa.

Um porta-voz da Embaixada Chinesa nos EUA declarou à Reuters que não tinha detalhes sobre o caso e afirmou que a China exige que seus cidadãos no exterior cumpram as leis do país anfitrião. O porta-voz também rejeitou as acusações como “calúnias e difamações infundadas” contra a China.

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