O atirador que quase matou o ex-presidente Trump em um comício em Butler, Pensilvânia, no mês passado, utilizou contas de mensagens criptografadas em várias plataformas baseadas na Bélgica, Nova Zelândia e Alemanha, conforme revelou um representante da Câmara que faz parte de uma força-tarefa do Congresso investigando a tentativa de assassinato.
O deputado republicano Mike Waltz, da Flórida, um ex-Boina Verde, e membro da força-tarefa bipartidária da Câmara de 13 membros, compartilhou essas informações com repórteres na quarta-feira, no Trump Hotel em Chicago.
Ao ser questionado sobre o andamento das investigações e as mensagens criptografadas encontradas no celular do atirador, Waltz comentou: “Ainda não sabemos muito sobre essas contas no exterior”, referindo-se às contas mantidas pelo suposto assassino Thomas Matthew Crooks. “Entendemos que as contas estavam vinculadas à Bélgica, Nova Zelândia e Alemanha.”
Waltz levantou questões sobre por que um jovem de 19 anos, auxiliar de saúde, estaria usando plataformas criptografadas baseadas fora dos Estados Unidos, em locais onde as organizações terroristas sabem que é mais difícil para as autoridades americanas obterem acesso. “Essa é uma pergunta que venho fazendo desde o início”, afirmou.
Ele também criticou o FBI e o Serviço Secreto por não divulgarem informações até a conclusão das investigações, que podem demorar meses. “Eles precisam compartilhar informações à medida que as encontram, porque este não foi um incidente isolado”, disse Waltz, alertando sobre ameaças contínuas, como as vindas do Irã.
Waltz mencionou ainda uma conspiração frustrada que envolvia um cidadão paquistanês que teria contratado assassinos para matar Trump e outras autoridades americanas.
O New York Post informou que o FBI deverá informar os membros da força-tarefa na quarta-feira, e Waltz espera que isso forneça esclarecimentos sobre as falhas na equipe de segurança da campanha de Trump em Butler, em 13 de julho de 2024.
O FBI, o Serviço Secreto e o Gabinete do Inspetor Geral do Departamento de Segurança Interna estão conduzindo suas próprias investigações sobre a tentativa de assassinato.
Na noite do comício, Crooks disparou no palco principal, atingindo de raspão a orelha de Trump. Além disso, Crooks matou Corey Comperatore, 50 anos, e feriu David Dutch, 57 anos, e James Copenhaver, 54 anos, que estavam no evento.