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sábado, 21 setembro, 2024
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Agora, Boulos defende transparência nas eleições da Venezuela e se justifica sobre apoio anterior a Maduro

Por Marina B.

Antes um defensor do regime chavista de Nicolás Maduro, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) — atualmente candidato à Prefeitura de São Paulo — afirmou que existem “indícios fortes de fraudes na eleição da Venezuela”. Em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira, 20, Boulos declarou: “Se permanecer um presidente eleito em uma eleição sem transparência, ele não é legítimo.”

Quando questionado sobre seu apoio anterior ao regime de Maduro, Boulos explicou que, na época em que se manifestou favoravelmente ao governo venezuelano, tanto os Estados Unidos quanto o Brasil haviam reconhecido o regime de Maduro. “A eleição atual, que é contestada por quase todos os governos do mundo, inclusive o brasileiro, é uma outra história. Há fortes indícios de fraude na eleição da Venezuela”, afirmou.

Em relação à nota do Partido dos Trabalhadores (PT), principal apoiador de sua candidatura, que reconheceu Nicolás Maduro como “presidente reeleito”, Boulos preferiu não comentar. Em ocasiões anteriores, o candidato já havia declarado que, independentemente do posicionamento do PT, o partido sempre respeitou a democracia, mesmo quando perdeu eleições.

Críticas ao apoio passado de Boulos ao regime chavista têm sido um ponto de ataque constante por seus adversários na corrida eleitoral. Durante o debate da Band no dia 9, José Luiz Datena (PSDB) sugeriu que Boulos deveria “ser prefeito em Caracas”, questionando sua postura democrática devido ao apoio a Maduro. No debate do Estadão, realizado em parceria com o portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu a Boulos que falasse sobre sua relação com Maduro.

Em uma entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 19, a candidata Tabata Amaral (PSB) acusou Boulos de ser incapaz de condenar a ditadura de Maduro, alegando que sua posição é ditada por um grupo sectário. “O Boulos não consegue condenar a ditadura na Venezuela. Acredito que não seja por convicção própria, mas porque ele é refém de um grupo ideológico”, disse Amaral.

Em uma entrevista ao portal G1 em 7 de agosto, Boulos já havia declarado que a Venezuela “não era seu modelo de democracia”. “A Venezuela não é o meu modelo de democracia. Se ficar comprovado, e é necessário um processo de transparência para isso, que houve fraude nas eleições, e se o governo que cometeu a fraude continuar no poder, isso significará o fim da democracia naquele país”, afirmou. Sempre que o tema Venezuela surgiu em entrevistas ou debates, Boulos destacou sua preferência em focar em questões locais de São Paulo, ressaltando que “a Venezuela está a quatro mil quilômetros de distância”.

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