O deputado estadual Alan Lopes (PL) decidiu entrar na polêmica entre o governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito Eduardo Paes (PSD). Curiosamente, apesar de ser da base e um dos maiores críticos do governo, o parlamentar fez uma defesa vigorosa de Castro. No post em que Paes criticou a gestão da segurança pública, responsabilidade do estado, Alan respondeu com uma lista de realizações.
“Foi na gestão de Cláudio Castro que mais se investiu em segurança pública e equipamentos. Ele foi quem mais aumentou os salários dos agentes, o primeiro a comprar viaturas leves com blindagem e o que mais abriu concursos na área. O único, por sinal, a tirar 400 fuzis das ruas”, declarou o deputado.
Após o debate da Band — quando Alan e seu colega Felippe Poubel acompanharam o candidato do União, Rodrigo Amorim — Castro chegou a pedir ao PL a expulsão dos dois. Esse pedido foi, na verdade, uma repetição, já que ele havia sugerido a expulsão quando foi criada a CPI da Transparência, usada para investigar processos do governo estadual mantidos sob sigilo.
Outro que saiu em defesa do governador foi o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e deputado licenciado, Anderson Moraes (PL).
“Soldado do Lula, você e seu grupo destruíram o RJ. Vocês deixaram nossos policiais oito anos sem aumento”, respondeu Anderson no post de Paes.
Mas onde estão os outros aliados de Castro? Pressionado por todos os lados e sentindo-se atacado por Paes, o governador decidiu afastar os aliados do prefeito que ocupam cargos no governo estadual.
O que talvez Castro não esperasse era ser defendido, além do secretário Anderson Moraes, justamente por seu maior crítico na base. E Alan ainda se orgulha em dizer que nem pode ser ameaçado por Castro, já que não possui cargos no governo.
No meio desse impasse, fica a pergunta: se um dos maiores críticos do governo o defende, por que os aliados do Palácio Guanabara, que têm secretarias, cargos e contratos, não se manifestaram em apoio ao governador?