O Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela (CNP) denunciou, nesta sexta-feira (16), um aumento na repressão contra a imprensa após as eleições presidenciais de 28 de julho, supostamente vencidas pelo ditador Nicolás Maduro, conforme afirmado pelas autoridades eleitorais. O resultado é contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional.
Em uma declaração na rede social X, a diretoria nacional do CNP expressou sua preocupação com a crescente repressão iniciada em 29 de julho. A entidade alertou para uma “escalada brutal e sistemática de repressão” contra jornalistas e cidadãos que desafiem a narrativa oficial dos resultados eleitorais.
Nos últimos dias, foram registrados 88 casos de violação da liberdade de expressão, incluindo prisões de cidadãos, jornalistas e trabalhadores da mídia, além de expulsões e bloqueios de veículos de imprensa. Esse cenário intensificou a censura, conforme apontou o CNP.
No dia 7 de agosto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) relatou que quatro jornalistas foram acusados de “terrorismo” após serem presos durante protestos contra o resultado das eleições presidenciais. O sindicato criticou o uso “ilegal e arbitrário” das leis antiterrorismo contra profissionais da imprensa e fotojornalistas.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) também condenou, em 14 de agosto, o aumento das prisões arbitrárias, censura e bloqueios à imprensa na Venezuela. Segundo o governo venezuelano, mais de 2.400 pessoas foram detidas durante os protestos pós-eleitorais, que também resultaram em 25 mortes, de acordo com a Procuradoria Geral.
Com informações da Agência EFE