Na noite deste sábado (17), novas revelações da série de denúncias da Folha de S.Paulo sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agitaram as redes sociais e geraram indignação entre os parlamentares, incluindo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
A declaração polêmica do juiz auxiliar de Moraes, Marco Antônio Vargas, veio à tona. Vargas sugeriu a ideia de “mandar uns jagunços pegar” o jornalista Allan dos Santos “na marra e colocar num avião brasileiro” como forma de resolver a questão da extradição não concedida pelos Estados Unidos. Tal declaração expõe intenções que parecem incompatíveis com a prática legal da magistratura.
Allan dos Santos se exilou nos Estados Unidos após sofrer uma série de condenações e sanções financeiras impostas pelo Judiciário brasileiro, incluindo decisões de Moraes, para evitar prisão.
Em resposta às denúncias que revelam práticas questionáveis por parte do ministro da mais alta Corte do país, Nikolas Ferreira não poupou críticas.
– Juízes agindo como capangas a mando de um capanga maior – criticou o deputado.
Para deixar o assunto mais claro, o parlamentar explicou em seu perfil na rede social X, neste domingo (18), de forma direta:
– Vamos falar claramente: o juiz auxiliar de Moraes quis sequestrar Allan dos Santos com jagunços e enviá-lo para o Brasil em um avião ilegal. Não se trata de eleições ou democracia, mas sim de usar um tribunal como ferramenta de perseguição política – afirmou.
Nikolas Ferreira ainda destacou que, se tal situação envolvesse Bolsonaro ou seus aliados, a repercussão seria muito maior.
– Se um juiz auxiliar de um ministro indicado por Bolsonaro tivesse desejado sequestrar alguém como Jean Wyllys com jagunços e um avião ilegal, imaginem como o Fantástico teria reagido.
O deputado concluiu afirmando que o “único jagunço que deve sair do Brasil é o Moraes”.
