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domingo, 22 setembro, 2024
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Lula e Maduro: O vaivém diplomático do Brasil em meio à crise eleitoral venezuelana

Por Marina B.

Desde antes das eleições presidenciais na Venezuela, realizadas em 28 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito declarações contraditórias sobre o processo eleitoral no país vizinho. Ora descrevendo o regime de Nicolás Maduro como democrático, ora expressando preocupação com a repressão à oposição.

Com a vitória de Maduro declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sendo contestada pela oposição e pela comunidade internacional, Lula alternou entre apoiar Maduro e questionar a legitimidade das eleições.

Veja o que Lula declarou sobre as eleições venezuelanas:

  • “Lula está muito feliz que finalmente está marcada a data das eleições na Venezuela. Espero que os candidatos não neguem o processo eleitoral, as urnas e a respeitabilidade à Suprema Corte.” (Após ser questionado pela Folha, 6.mar.2024)
  • “Fui impedido de concorrer nas eleições de 2018 e, em vez de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato para disputar as eleições.” (Sobre a oposição na Venezuela, que denunciou a inelegibilidade de María Corina Machado, 6.mar.2024)
  • “Fiquei surpreso com a decisão de proibir a candidata substituta [Corina Yoris]. É grave proibir um adversário de ser candidato sem uma explicação jurídica ou política.” (Sobre a decisão da Venezuela de barrar a candidatura de Corina Yoris, 28.mar.2024)
  • “Disse a Maduro que a prioridade para restaurar a normalidade na Venezuela era garantir um processo eleitoral o mais democrático possível.” (Sobre uma conversa com Maduro na cúpula da Celac, fevereiro de 2024, 28.mar.2024)
  • “Fiquei assustado com as declarações de Maduro sobre um ‘banho de sangue’. Quem perde uma eleição toma um banho de votos, não de sangue. Maduro precisa aprender que quando se perde, é preciso se preparar para a próxima eleição.” (Em coletiva à imprensa internacional em Brasília, quando questionado sobre as ameaças de Maduro, 22.jul.2024)
  • “A imprensa brasileira está tratando isso como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Houve uma eleição, um candidato disse que teve 51%, outro disse que teve 40 e pouco. A Justiça decidirá.” (Após as eleições, com Maduro e a oposição declarando vitória, 30.jul.2024)
  • “Ainda não reconheço Maduro como vitorioso. Ele deve uma explicação à sociedade brasileira e ao mundo. Não posso afirmar que a oposição venceu ou que Maduro venceu sem dados concretos. Quero esperar pelos resultados.” (Após três semanas de pressão diplomática para que Maduro publique as atas eleitorais, 15.ago.2024)

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