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domingo, 22 setembro, 2024
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Bombas no Nord Stream: Ucrânia avisa “Rússia é a culpada, não Zelenskyy”

Por Marina B.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, refutou qualquer envolvimento da Ucrânia nas explosões que danificaram os gasodutos Nord Stream, responsabilizando a Rússia pelo ataque. Em declaração à Reuters, Podolyak afirmou que apenas a Rússia tinha os recursos técnicos e financeiros necessários para realizar tais operações na época. “A Ucrânia não obteve qualquer vantagem estratégica ou tática com essas explosões”, sublinhou Podolyak, reafirmando que a Ucrânia não está envolvida no incidente.

O Wall Street Journal, por sua vez, reportou que funcionários ucranianos estiveram envolvidos nas explosões de setembro de 2022, que causaram quatro vazamentos, dois na zona dinamarquesa e dois na sueca. O jornal sugere que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, teria aprovado a operação, mas depois tentou cancelá-la sem sucesso após intervenção da CIA. A operação teria sido supervisionada por Valerii Zaluzhnyi, ex-comandante das Forças Armadas da Ucrânia.

Os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia consideram as explosões como um ato deliberado de sabotagem, enquanto a Rússia afirma que os EUA e seus aliados têm interesse direto no ataque que interrompeu o fornecimento de gás russo para a Europa. Kiev, Washington e Londres negam qualquer envolvimento.

Em relação ao caso, a Alemanha emitiu um mandado de captura europeu contra um instrutor de mergulho ucraniano, supostamente envolvido na sabotagem dos gasodutos no Mar Báltico. Os investigadores acreditam que o suspeito, que vivia em Pruszków, na Polônia, fazia parte de uma equipe que colocou explosivos nos gasodutos. A lei alemã não permite a divulgação do sobrenome do suspeito, e ele está atualmente foragido, com a possibilidade de ter retornado à Ucrânia.

O Ministério Público polonês confirmou ter recebido o mandado de captura, mas expressou surpresa pelo fato de a detenção não ter sido anunciada ou registrada no sistema Schengen, permitindo que o suspeito deixasse o país. O deputado alemão Ralf Stegner destacou que, embora a cidadania ucraniana do suspeito seja relevante, não implica necessariamente na participação do Estado ucraniano.

A investigação sobre as explosões do Nord Stream continua sendo uma prioridade para a Alemanha, que assegurou que os resultados não afetarão suas relações com a Ucrânia, conforme afirmou o porta-voz adjunto do governo alemão, Wolfgang Büchner.

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