Nesta quarta-feira (14), deputados e senadores se encontraram no Salão Azul do Senado para apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, após o vazamento de áudios revelando assessores do magistrado no STF e no TSE combinando a criação de relatórios para sustentar decisões contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sob a liderança do senador Eduardo Girão (NOVO-CE), os parlamentares consideraram insustentável a permanência de Moraes no cargo e anunciaram a intenção de apresentar um novo pedido coletivo de impeachment.
A estratégia da oposição prevê que o apoio para o novo pedido seja coletado até 7 de setembro, com o protocolo formal do pedido até 9 de setembro. Segundo Girão, “este tem potencial para ser o maior pedido de impeachment da história”.
“É o momento certo para iniciar um novo pedido de impeachment, especialmente após a morte de um brasileiro, Clériston Pereira da Cunha, que teve um pedido de liberdade ignorado pelo ministro Alexandre de Moraes”, destacou Girão.
O senador mencionou “abusos e vilipêndios” cometidos por Moraes e listou os motivos que justificam a ação da oposição contra o ministro, incluindo: violação dos direitos humanos, prevaricação no caso de Clériston Pereira da Silva, violação das prerrogativas dos advogados, abuso de poder, desrespeito ao código penal e uso do TSE para criar relatórios paralelos. Girão também afirmou que “vivemos a ditadura da toga. A pior das ditaduras”.
*Com informações, Diário do Poder.
