O governador Cláudio Castro (PL) tem se empenhado em uma maratona de reuniões a portas fechadas em Brasília desde o começo da semana, em busca de ajustar termos mais favoráveis ao Rio de Janeiro no projeto de repactuação das dívidas dos estados com a União, cuja votação no Senado está prevista para esta quarta-feira.
Na terça, Castro passou horas discutindo o projeto com o presidente do Senado e autor da proposta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o relator Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), os líderes governistas Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), além do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O relatório de Alcolumbre propôs alternativas para os estados que aderirem ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), diminuindo a carga de juros sobre a dívida refinanciada.
Na versão original do projeto de Pacheco, o principal mecanismo para abater o saldo devedor e os juros era a transferência de ativos estaduais para a União, uma solução considerada viável para Minas Gerais, mas inviável para estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. São Paulo, por sua vez, nem cogita esse tipo de cessão.