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domingo, 22 setembro, 2024
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ONU critica severamente credibilidade das eleições presidenciais na Venezuela

Por Marina B.

Críticas já levantadas por vários atores globais foram agora formalmente expressas pela ONU. O Painel da Organização das Nações Unidas que acompanhou a eleição presidencial na Venezuela de 28 de julho aponta que as práticas do órgão eleitoral no país violaram os princípios fundamentais para uma eleição justa.

Em um comunicado preliminar divulgado na terça-feira (13), a ONU declarou que o anúncio dos resultados, feito sem a publicação dos detalhes da votação, não tem precedentes em eleições democráticas contemporâneas, conforme os padrões históricos da organização.

O relatório também destaca que, embora a transmissão eletrônica dos resultados tenha começado de maneira eficiente, ela foi abruptamente interrompida nas horas seguintes ao fim da votação, sem qualquer explicação fornecida aos candidatos.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela afirmou que seu sistema foi alvo de um ataque hacker, o que causou atrasos na contagem dos votos e na coleta dos dados. Em resposta, a ONU ressaltou que o CNE “adiou e depois cancelou três auditorias importantes, incluindo uma sobre o sistema de comunicação que poderia ter esclarecido eventuais ataques à infraestrutura de transmissão dos votos”.

Diferente do Carter Center, o painel da ONU não atuou como observador eleitoral oficial e, portanto, não foi formalmente designado para avaliar o resultado eleitoral. No entanto, seu comunicado foi contundente em suas observações.

O painel também criticou o período pré-eleitoral, apontando uma série de problemas e “restrições ao espaço cívico e político”. Entre os problemas destacados está o domínio da campanha do regime do ditador Nicolás Maduro sobre os meios de comunicação estatais, com acesso extremamente restrito aos candidatos da oposição.

Além disso, o relatório menciona “inúmeras restrições ao direito de candidatura para cargos públicos”, uma referência indireta à líder opositora María Corina Machado, que foi inabilitada para concorrer e atualmente está sendo investigada pelo Ministério Público por alegar fraude no processo eleitoral.

Embora o Painel da ONU não tenha afirmado que as atas eleitorais divulgadas pela oposição confirmam a vitória do opositor Edmundo González, o relatório observou que, diante das alegações de Caracas de que essas atas são falsas, as características de segurança dos documentos “parecem ser extremamente difíceis de falsificar”.

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