No dia 13 de agosto, a Igreja celebra a memória de Santa Dulce dos Pobres, conhecida como o “Anjo Bom da Bahia” e a primeira santa nascida no Brasil, canonizada pelo Papa Francisco em 2019. Sua história vai além de seu reconhecimento como santa; ela representa um exemplo profundo de vocação e serviço aos necessitados.
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, sua identidade antes da canonização, dedicou sua vida ao cuidado dos pobres desde jovem. Inicialmente, acolhia necessitados na casa de sua família, que logo ficou conhecida como “portaria de São Francisco”. Após ingressar na vida religiosa e adotar o nome de Irmã Dulce, continuou sua missão de assistência aos mais pobres, passando por diversas casas antes de estabelecer-se no Convento Santo Antônio em 1949.
No galinheiro do convento, Santa Dulce fundou, em 1960, o Hospital Santo Antônio, que hoje é a maior unidade de saúde da Bahia. Seu legado social continua vivo por meio das Obras Sociais Irmã Dulce, que administram diversos serviços, incluindo cuidados geriátricos e educação em Simões Filho (BA). A organização recebe mais de 3 milhões de pessoas por ano e realiza milhões de procedimentos ambulatoriais e cirurgias.
Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais, destaca as lições de amor, humildade e fé deixadas por sua tia. “Ela nunca desistiu dos seus sonhos, mesmo diante de grandes desafios, e sempre teve uma fé inabalável em Deus”, diz Maria Rita. Ela também menciona os planos de expansão da instituição, como a ampliação de leitos de UTI e a oferta de novos serviços de hemodinâmica, com o apoio da comunidade e do governo.
Marcio Didier, gestor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, enfatiza o legado espiritual e humano da santa. “Ela via Cristo como sua maior liderança e seu legado é um profundo exemplo de amor e paz”, afirma Didier. Ele ressalta que celebrar a memória de Santa Dulce é uma forma de reavivar e reafirmar seu testemunho diário de caridade e serviço ao próximo.