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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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A ‘Operação Tun Tun’ de Maduro: Repressão brutal inspira comparações com táticas da II Guerra Mundial

Por Marina B.

A repressão política na Venezuela continua a se intensificar, com a ditadura de Nicolás Maduro não dando trégua. Além dos recentes mortos e milhares de detidos, o regime tem usado suas forças de segurança e grupos paramilitares para intimidar e silenciar qualquer um que critique a alegada fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Imagens recentes nas redes sociais revelam que diversas casas no bairro 23 de Janeiro, um dos mais antigos de Caracas, foram marcadas com um “X”. A estratégia visa aterrorizar os moradores e prevenir novas manifestações contra o regime. Um residente local, que preferiu não se identificar, informou ao jornal El Nacional que essas marcas sinalizam a presença de muitos opositores na área.

O que é a “Operação Tun Tun”?

A advogada venezuelana e diretora do Instituto Casla, Tamara Suju, revelou em suas redes sociais que o caso foi levado à Corte Penal Internacional (CPI), que já investiga Maduro e a liderança chavista por crimes contra a humanidade. Segundo Suju, a “Operação Tun Tun” faz referência ao som das batidas nas portas durante as perseguições, semelhante às táticas usadas pelos nazistas.

Desde o início das manifestações em 29 de julho, a comunidade internacional tem exigido o fim da violência e da repressão do regime de Maduro contra a oposição e a sociedade civil. No entanto, o governo continua suas ações de repressão.

Quem está sendo afetado pela repressão?

De acordo com a ONG Foro Penal, que defende presos políticos na Venezuela, até o sábado foram registrados 1.303 arrestos relacionados às manifestações pós-eleitorais. Entre os detidos estão 170 mulheres, 116 adolescentes, 14 indígenas e 16 pessoas com deficiência. Além disso, houve episódios de violência e vandalismo durante os protestos, resultando na morte de 24 civis, segundo a ONG Provea.

A principal coalizão de oposição, a Plataforma Unitaria Democrática (PUD), denunciou que o regime está conduzindo uma perseguição política em níveis desumanos. A PUD relatou que a repressão tem atingido níveis críticos, com a detenção de adolescentes, mulheres e homens que expressam seu desejo de mudança.

Como a comunidade internacional está reagindo?

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, declarou que é urgente que as autoridades venezuelanas encerrem imediatamente as detenções arbitrárias e a repressão contra a oposição e a sociedade civil. Borrell enfatizou que a crise venezuelana deve ser resolvida através do diálogo, transparência e respeito à soberania e vontade do povo.

O candidato opositor Edmundo González Urrutia, que, segundo a oposição, venceu as eleições com quase 67% dos votos, fez um apelo direto a Maduro: “Peço em nome de todos os venezuelanos que cesse a violência e as perseguições e libere imediatamente todos os compatriotas detidos arbitrariamente.”

O cenário na Venezuela continua tenso, e a comunidade internacional permanece atenta, aguardando ações concretas que respeitem os direitos humanos e a vontade dos cidadãos expressa nas urnas.

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