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domingo, 22 setembro, 2024
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Líder opositora diz que Maduro terá salvo-conduto para deixar Venezuela em transição de poder

Por Marina B.

“Garantias, salvo-condutos e incentivos”: É isso que María Corina Machado, líder da oposição, propõe ao ditador Nicolás Maduro em uma tentativa de “transição negociada” do poder na Venezuela, no meio de suas alegações de fraude eleitoral.

Após manifestar receio por sua segurança e evitar exposição pública, María Corina respondeu a um questionário da AFP por meio de mensagens de voz enviadas por sua equipe.

A líder oposicionista fala sobre uma “negociação para uma transição democrática” que envolveria garantias, salvo-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso, o regime que teria perdido a eleição presidencial.

“Estamos firmemente comprometidos com a negociação”, afirma a dirigente. “Será um processo complexo e delicado, no qual precisamos unir toda a nação.”

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime, anunciou Maduro como vencedor com 52% dos votos na madrugada de 29 de julho. No entanto, ainda não divulgou os dados detalhados das atas eleitorais, alegando que seu sistema foi hackeado.

A oposição afirma que seu candidato, Edmundo González, venceu com 67% dos votos e apresenta um site com cópias de mais de 80% das atas escaneadas como prova.

Embora o chavismo desconsidere essas evidências como forjadas, diversas organizações independentes confirmam a autenticidade dos documentos em posse da oposição. Nesta quinta-feira (8), o Carter Center, um dos principais observadores independentes das eleições venezuelanas, declarou que os dados são consistentes e confirmou que González venceu de forma clara e com uma “margem intransponível”.

Maduro solicitou à Suprema Corte que “certifique as eleições”, um procedimento que a oposição e acadêmicos consideram inadequado e inconstitucional, já que a responsabilidade caberia ao Poder Eleitoral, independente e ao qual o CNE responde.

“Maduro perdeu toda e qualquer legitimidade”, afirma María Corina Machado. “Todos os venezuelanos e o mundo sabem que Edmundo González venceu de forma avassaladora e que Maduro está tentando impor a maior fraude da história deste país. Mas ele não conseguirá”, diz María Corina.

“Estou profundamente orgulhosa do que fizemos e do que a sociedade venezuelana alcançou, superando todos os obstáculos na eleição mais desigual e arbitrária em termos de abusos do regime”, afirma.

Ela assumiu a liderança da oposição em outubro passado, após vencer as primárias para enfrentar Maduro. Contudo, uma inabilitação política imposta pelo regime a impediu de participar diretamente.

Edmundo González, um diplomata de 74 anos até então desconhecido, foi inscrito de última hora no lugar dela. “Somos uma equipe, um bloco indissolúvel”, diz ela.

O candidato opositor está há mais de uma semana sem aparecer publicamente, mas sua situação não foi confirmada como clandestina. “Ele está trabalhando intensamente todos os minutos do dia para obter mais apoios e avançar nos processos necessários dentro e fora do país para validar sua eleição como presidente”, afirma María Corina.

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