Nos bastidores do primeiro debate para a Prefeitura do Rio, exibido pela Band, surgiram cenas reveladoras sobre as estratégias eleitorais e alguns personagens que chamaram atenção. Entre eles, destacaram-se o vereador Carlos Bolsonaro (PL), conhecido como o “pitbull” de Alexandre Ramagem (PL) e a “Tropa de Choque da ALERJ”, formada pelos deputados Alan Lopes (PL), Filippe Poubel (PL) e Rodrigo Amorim (União Brasil).
O debate, realizado na quinta-feira (8), revelou a estreita colaboração entre Ramagem e Rodrigo Amorim . A candidatura de Amorim foi articulada com o suporte do PL, com o objetivo de permitir que Ramagem fizesse uma abordagem mais propositiva.
Na chegada à emissora, Amorim e Ramagem foram recebidos por um grupo de apoiadores – os únicos candidatos a não entrarem pela garagem – que os saudaram com fumaça, sinalizadores e gritos de torcida. A multidão também provocou o atual prefeito com a frase: “Ô Eduardo, pode esperar, a sua hora vai chegar”.
Carlos Bolsonaro, que chegou com Ramagem, e a esposa de Ramagem receberam grande destaque. Amorim aproveitou para saudar Carlos Bolsonaro logo no início do debate, fazendo referência à família Bolsonaro.
Amorim chegou acompanhado de quadros do PL, sigla de Ramagem, em outro sinal claro da dobradinha. Entre os aliados que são da legenda, estavam os deputados estaduais Alan Lopes e Filippe Poubel, conhecidos como “Tropa de Choque da ALERJ” e o secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, que atua como coordenador da campanha política da União. O próprio irmão do candidato, o vereador Rogério Amorim, é do PL, esteve na Band e não esconde que vai votar em Ramagem.
Eduardo Paes, o principal alvo do debate devido à sua fraca gestão, contou com a presença de assessores, incluindo o marqueteiro Marcello Faullhaber, o deputado estadual Guilherme Schleder (PSD) e o candidato a vice, Eduardo Cavaliere (PSD). A ausência do deputado federal Pedro Paulo (PSD), que era o favorito para a vice-candidatura, também foi notada.
Paes foi o principal foco das críticas durante o debate, sendo chamado de “governo TikTok” por Tarcísio Motta, uma crítica ao seu marketing nas redes sociais. Ramagem o chamou de “soldado do Lula”, enquanto Amorim usou termos como “nervosinho” e “filho ingrato de Sérgio Cabral”.
