A Chancelaria da Colômbia divulgou hoje uma declaração conjunta com o Brasil e o México sobre as eleições na Venezuela, reforçando o pedido feito na semana passada pelos presidentes dos três países — Gustavo Petro, Lula e Andrés Manuel López Obrador. Eles solicitaram que as autoridades eleitorais venezuelanas publiquem os dados desagregados por mesa de votação.
A nota de hoje informa que os chanceleres se reuniram virtualmente ontem para discutir a situação na Venezuela, onde Nicolás Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Este resultado é contestado pelo candidato de oposição, Edmundo González, que se declarou presidente eleito.
No comunicado, os ministros destacam a importância de que o CNE divulgue os resultados das eleições de 28 de julho de 2024, discriminados por local de votação. Eles ressaltam que o CNE é responsável pela “divulgação transparente dos resultados eleitorais”, mencionando também o processo iniciado no Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ).
A declaração conjunta reitera a necessidade de verificação imparcial dos resultados, respeitando a soberania popular. Além disso, os ministros apelam para que os atores políticos e sociais venezuelanos atuem com cautela e moderação, e que as forças de segurança assegurem o exercício dos direitos democráticos dentro dos limites da lei. A proteção dos Direitos Humanos deve prevalecer em todas as circunstâncias.
O comunicado expressa respeito pela soberania e pela vontade do povo venezuelano e afirma que os países continuarão com conversas de alto nível. Enfatizam a importância de buscar soluções que surgem da própria Venezuela e reafirmam seu compromisso em apoiar o diálogo e os esforços para promover a estabilidade política e a democracia no país.