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domingo, 22 setembro, 2024
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Deputado Filipe Barros explica a participação de Lula e da esquerda brasileira na criação da ditadura de Maduro

Por Marina B.

O Deputado Filipe Barros postou um texto em suas redes sociais onde critica o Foro de São Paulo, alegando que a organização, fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, teve como objetivo recuperar o projeto socialista na América Latina após o colapso da URSS. Ele afirma que o Foro foi fundamental para consolidar regimes autoritários, como o de Hugo Chávez na Venezuela, e denuncia o papel da grande mídia em ocultar as ambições do grupo. Além disso, Barros acusa o Foro de ter contribuído para a ascensão de Nicolás Maduro, que, segundo ele, se mantém no poder através de práticas ditatoriais, com o apoio de Lula e da mídia.

Veja o texto na íntegra:

“Entenda o papel de Lula e da esquerda brasileira na criação da ditadura de Nicolas Maduro

Quando o comunismo mundial estava em sua maior crise, no final da década de 1980, a URSS começou a colapsar e vários países de sua formação foram tornando-se independentes.

Nesse momento, em 1990, Lula e Fidel Castro, ditador de Cuba, criaram o Foro de São Paulo, reunindo dezenas de partidos e organizações políticas de toda a América Latina com o proclamado objetivo de recuperar, no nosso continente, aquilo que estava sendo perdido no Leste Europeu, conforme publicado no jornal cubano Granma em 05/07/1990.

O Foro de São Paulo consiste em reuniões periódicas de lideranças que discursam, conversam e tomam resoluções, as quais todos os seus participantes devem adotar para que o projeto de poder do grupo possa se expandir. Participaram desses encontros, ao longo dos anos, figuras como Raul Reyes, ex-comandante das FARC — facção de guerrilha e narcotráfico da Colômbia. Quando o Foro foi fundado, apenas um país era governado por partido a ele vinculado. Em 2014, chegou a estar no poder de 17 países. Em 2024, o número caiu para 11.

A primeira grande vitória do Foro foi em 1999, com Hugo Chávez, na Venezuela, figura que deu início ao processo da chamada Revolução Bolivariana. Na época, a imprensa e as ONGs passaram a fazer propaganda em seu favor, chamando sua política de “Socialismo do Século XXI”, mais moderado que socialismo praticante de extermínio em massa do século anterior. Nessa onda, Lula teria sua primeira vitória eleitoral, em 2002, também com um discurso moderado para conquistar o público. A grande mídia brasileira repetia todos os jargões eleitorais de Lula: “Lula mudou”, “agora é Lulinha paz e amor”, “será o primeiro presidente de origem popular”, “será o povo no poder”, “teremos um ‘da Silva’ no poder”, “a esperança vencerá o medo”, “é o candidato da mudança”.

Apesar da tendência pró-Lula da imprensa nacional, alguns veículos estrangeiros noticiavam a verdade sobre a postura moderada do petista: o jornal francês Le Monde, por exemplo, no dia 01 de outubro de 2002, publicou que Lula admitia, em privado, entender que “a eleição é uma farsa” e que “você tem que passar por ela para tomar o poder”. Quatro dias depois, o jornal argentino La Nación publicou uma semelhante admissão de Marco Aurélio Garcia, coordenador de campanhas eleitorais de Lula: “A impressão de que o PT se moveu para o centro surge do fato de termos tido que assumir compromissos que são nessa área. Mas isso não é para sempre.” Diante dessas declarações escandalosas que poderiam mudar o rumo das eleições que aconteceriam dali a poucos dias, a grande mídia brasileira se omitiu.

Em 02 de julho de 2005, Lula discursou, no Foro de São Paulo, sobre a importância da organização para consolidar Chávez no poder da Venezuela e para expandir o socialismo por mais países, destacando a sua atuação discreta, sem que ninguém entendesse o que faziam: “O Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E, graças a essa relação, foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela. Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. (…) Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente.”

Hugo Chávez, ao longo da década de 2000, foi retirando as liberdades civis da Venezuela, aparelhando o estado, desarmando a população com a ajuda de ONGs, fortalecendo milícias e transformando a Venezuela em uma ditadura. Dentro da Revolução Bolivariana, desenvolveu o conceito da Pátria Grande, a proposta de unir todos os países da América Latina em um único bloco revolucionário. Chegamos, novamente, no plano inicial do Foro de São Paulo: restaurar na América Latina o bloco de países socialistas perdido no Leste Europeu.

Após a morte de Chávez, Lula ajudou a pôr Maduro como sucessor do projeto bolivariano da Venezuela. Maduro passou a reprimir violentamente os protestos contra suas políticas ditatoriais e concentrou cada vez mais poder, a ponto de, hoje, conseguir permanecer na presidência sem precisar comprovar que venceu as eleições.

A Venezuela só pôde se tornar o que se tornou graças a Lula e à parceria da grande mídia, que se omitiu sobre os planos do Foro de São Paulo e as ambições ditatoriais do bolivarianismo. Além disso, ao longo de décadas, quem ousava denunciar o projeto comunista da Pátria Grande era acusado de teórico da conspiração e alvo de piada e perseguição.

Agora, pela primeira vez, o mundo inteiro está reconhecendo a ditadura da Venezuela. Mas é tarde demais.”

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