A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou nesta quinta-feira (8.ago.2024) dois convites para que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, compareçam ao Senado para discutir a posição do Brasil em relação às eleições na Venezuela.
Como se tratam de convites, ambos não são obrigados a comparecer, mas, em conversas com o presidente da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), já indicaram que pretendem participar das sessões.
Amorim deve comparecer na próxima quinta-feira (15.ago). Já Mauro Vieira, que estará em viagem pelas próximas duas semanas, deverá falar ao Senado após seu retorno.
Os convites foram aprovados de forma simbólica, sem registro individual dos votos dos senadores. A sessão durou 7 minutos e não houve discursos a favor ou contra os convites.
Os senadores decidiram não convidar a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, considerando que ouvir Mauro Vieira e Celso Amorim seria suficiente.
Amorim esteve na Venezuela em 26 de julho para acompanhar as eleições, que ocorreram em 28 de julho. Ele permaneceu no país até 30 de julho e se reuniu com o presidente venezuelano Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela) e seu principal opositor, o diplomata aposentado Edmundo Gonzalez Urrutia (Plataforma Democrática Unitária).
O governo brasileiro tem sido alvo de críticas da oposição por sua postura em relação ao resultado das eleições na Venezuela. Em entrevista à GloboNews na quarta-feira (7.ago), Amorim expressou desconfiança em relação às atas divulgadas pela oposição, afirmando que aguardará a divulgação do resultado oficial antes de se pronunciar.
