Nesta quinta-feira, 8 de agosto, comemoramos o Dia do Pároco, uma data dedicada a reconhecer o trabalho do presbítero designado pelo bispo diocesano para administrar uma paróquia.
“O Código de Direito Canônico define três responsabilidades principais para um pároco: ele é o ‘pastor próprio’ da paróquia, o ‘representante jurídico’ da mesma e o ‘administrador de seus bens’”, explica o padre José Antonio Perry, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Resende (RJ). Essas funções são exercidas em plena harmonia com a diocese.
“Receber o Sacramento da Ordem me conferiu a dignidade sacerdotal e a graça de agir na pessoa de Cristo, o Sumo e Eterno Sacerdote da nova Aliança (Hb 8-10). Todos os sacerdotes ordenados possuem essa graça. Ser pároco é um ofício confiado pelo bispo para pastorear a paróquia, uma responsabilidade importante, mas ainda assim, é apenas um ofício”, destaca o presbítero.
Além dessas três missões, o pároco também cuida pastoralmente de toda a sua comunidade, exercendo as funções de ensinar, santificar e governar a parte do Povo de Deus que lhe é confiada.
O pároco como presença de Cristo Bom Pastor
Segundo padre Rafael Beck Ferreira, pároco da Igreja de Nossa Senhora Aparecida em Cachoeira Paulista (SP), o pároco realiza o “tríplice múnus de ensinar, santificar e governar”. “Ele é a presença de Cristo Bom Pastor na paróquia, caminhando à frente, no meio e atrás das ovelhas, guiando, convivendo e protegendo”, afirma.
Padre Rafael explica que o pároco assume grande responsabilidade: “Ele presta contas da gestão das pastorais e dos recursos, cuida dos atendimentos, do acesso aos sacramentos e da missão na paróquia”. Contudo, ele ressalta que o pároco não está sozinho. “Além do apoio do bispo, ele conta com o auxílio dos vigários e a colaboração dos leigos que exercem ministérios nas paróquias.”
Ele também lembra que, apesar da autoridade, o pároco é humano e vivencia o espírito de fraternidade da comunidade. “Há cansaço e necessidades de afeto, mas o pároco também experimenta gentileza, compreensão e caridade cristã por parte do povo”, observa.
Relação com os paroquianos
Padre Rafael enfatiza a importância da comunhão com os paroquianos. “O pároco deve ouvir bastante, sem ser autoritário, e reconhecer que ainda tem muito a aprender. Contudo, é ele quem deve tomar decisões com responsabilidade após discernimento”, explica.
Ele acredita que os paroquianos devem ser incentivados a descobrir a força do Espírito Santo que habita neles, pois eles moldam o caráter da paróquia, tornando-a orante, alegre e acolhedora.
“Nossa missão é ‘brilhar a luz de Cristo no mundo’, conforme nos lembra o bispo Dom Wladimir. Apreciações como pequenos gestos de carinho e histórias de graças recebidas são muito significativas para nós”, ressalta.
Neste Dia do Pároco, padre Rafael conclui que o maior presente que os párocos podem receber é a oração. “A prece pelos párocos traz muitas graças. O Dia do Pároco também é uma oportunidade para que as comunidades reconheçam e valorizem seus párocos, oferecendo amor e gratidão, além de simplesmente exigir e cobrar”, finaliza.