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Variação inesperada: Preço da batata sobe 19,09% em dezembro, entenda os motivos

Por Alexandre G.

O custo da batata registrou um aumento de 19,09% em dezembro de 2023, conforme apontado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país. Essa elevação inesperada levantou questionamentos entre os consumidores, gerando curiosidade sobre os motivos por trás da mudança nos preços do produto.

João Paulo Bernardes Deleo, especialista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), destaca inicialmente que a oferta de hortifrútis varia de acordo com as condições climáticas ao longo do ano. Dessa forma, a precificação sofre oscilações previsíveis, em maior ou menor grau, a cada ciclo.

Nesta ocasião, a interferência crucial foi o aumento da incidência de chuvas, que impactou desde a safra de inverno e não foi compensado no início da colheita da safra das águas em novembro.

Um fator significativo a ser considerado, especialmente para o mês de dezembro, é o comportamento do consumidor.

“Assim como na Páscoa, no Ano Novo as receitas levam mais batata como acompanhamento, aumentando a demanda nas últimas semanas do ano e impulsionando os preços”, relata o pesquisador.

Ele ressalta também que as diferentes regiões brasileiras foram afetadas de maneiras distintas pelas chuvas nos últimos meses, resultando em impactos variados no cultivo da batata, tanto na quantidade produzida quanto na qualidade do tubérculo.

Portanto, embora a média nacional do aumento de preço em relação a novembro de 2023 tenha sido de 19,09%, esse índice variou entre as regiões.

Quanto à expectativa de aumento de preço, o estudo do Cepea traz uma boa notícia para os consumidores: em janeiro, com a safra das águas já em pleno desenvolvimento e um aumento expressivo na oferta na Chapada Diamantina, espera-se um aumento no volume e uma redução nos preços.

“Porém, a desvalorização é gradual e os preços continuam sendo considerados elevados, resultado da diminuição das ofertas provenientes das praças sulistas”, afirma o material do Cepea. Isso ocorre devido ao término das safras das águas na região de Curitiba (PR) e à oferta abaixo do esperado no Rio Grande do Sul, Água Doce (SC) e Guarapuava (PR), que enfrentaram desafios no plantio, resultando em uma oferta reduzida.

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