O Tribunal Oral Federal N°2 (TOF2) condenou o ex-secretário de Comércio do governo Kirchner, Guillermo Moreno, por manipulação dos dados públicos do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) durante 2006 e 2007.
A sentença foi de três anos de prisão e inabilitação para cargos públicos, devido à sua responsabilidade pela alteração das estatísticas, principalmente as referentes à inflação e ao crescimento do PIB.
O promotor Diego Luciani havia solicitado uma pena de quatro anos de prisão e dez anos de inabilitação para o ex-secretário, enquanto a defesa de Moreno pleiteava sua absolvição.
Além de Moreno, Beatriz Paglieri, ex-diretora do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), recebeu uma condenação similar. Marcela Filia e María Celeste Cámpora Avellaneda, também ex-funcionárias do INDEC, foram igualmente condenadas.
Esta é a terceira condenação de Moreno, que já cumpriu pena de dois anos e seis meses por um caso envolvendo a marca “Clarín Mente” e foi condenado a dois anos de prisão em regime suspenso pelo caso “Capacete ou luvas?” relacionado a uma assembleia de 2010 da Papel Prensa.
Moreno, aguardando sua sentença por videoconferência, afirmou: “Há um velho ditado que é ‘fatos, provas e direito’. Provas não houve, descarto que haverá direito”, refletindo sobre o desfecho do processo.