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segunda-feira, 7 outubro, 2024
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Ato de repressão: Colaboradora de Corina é detida em transmissão ao vivo pela ditadura de Maduro

Por Marina B.

Na terça-feira (6), uma colaboradora de María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, transmitiu ao vivo sua própria detenção por militares. Horas antes, ela havia criticado uma campanha oficial que incentivava denúncias sobre casos de “ódio” em meio aos protestos contra a reeleição do ditador Nicolás Maduro.

María Oropeza, coordenadora da campanha de Corina, registrou em sua conta no Instagram o momento em que agentes da DGCIM (Direção de Contrainteligência Militar) arrombavam a porta de sua casa.

“Estão invadindo minha casa de forma arbitrária, sem nenhuma ordem de busca. Estão destruindo a porta. Peço ajuda, socorro a todos. Não sou criminosa, sou apenas uma cidadã que quer um país diferente”, disse Oropeza antes da transmissão ser interrompida.

Horas antes, Oropeza criticou a “Operação Tun Tun” da DGCIM, que criou uma linha telefônica para denúncias de “ódio” físico ou virtual, em resposta às mobilizações após as eleições, que a oposição denuncia como fraudulentas. A operação pede informações detalhadas sobre a denúncia, incluindo evidências físicas ou digitais.

“A ‘Operação Tun Tun’ não tem base jurídica, é uma caça às bruxas contra quem se expressou pelo voto em 28 de julho”, declarou Oropeza em um vídeo anterior.

A prisão foi denunciada pelo Comitê de Direitos Humanos do Partido Vente Venezuela, liderado por Corina. “Funcionários da DGCIM prenderam María Oropeza, chefe da campanha ConVzla em Portuguesa. Entraram à força e sem ordem judicial. Alertamos a comunidade internacional. O regime é responsável por sua integridade física”, declarou o comitê nas redes sociais.

Corina descreveu a colaboradora como corajosa, inteligente e generosa, afirmando: “O regime a levou à força e não sabemos onde ela está. Foi sequestrada. Peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que exijam sua liberdade imediata”.

Luis Almagro, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), afirmou que a prisão de Oropeza se soma às denúncias de crimes contra a humanidade do regime de Maduro, que já resultou em mais de 1.000 detenções por perseguições políticas. “Essa repressão irracional deve ser interrompida já”, disse Almagro.

No dia 1º, Maduro declarou que 1.200 pessoas foram presas durante os protestos após sua reeleição contestada, e que o regime estava preparando prisões de segurança máxima para os manifestantes.

Desde a eleição de 28 de julho, Caracas vive uma “guerra de atas”. O regime, declarado vencedor pelo órgão eleitoral, não divulga as atas das urnas eletrônicas. Já a oposição publicou as atas que seus observadores coletaram, mas o regime afirma que são falsas.

*Com informações da AFP e Folha.

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