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quarta-feira, 27 novembro, 2024
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Oposição da Venezuela pede que exército se alie ao povo

Por Marina B.

O ex-candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González, e outros três políticos da oposição têm convocação para comparecer ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) nesta quarta-feira (6). A intimação foi feita pelo TSJ após Elvis Amoroso, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), entregar documentos relacionados à eleição, incluindo provas de um alegado ataque cibernético ao órgão. O presidente Nicolás Maduro também solicitou que seus seguidores abandonem o WhatsApp.

O Ministério Público iniciou uma investigação contra Edmundo González e Maria Corina Machado após a divulgação de um documento assinado pelos opositores. O texto, que reivindica a vitória de González na eleição presidencial de 28 de julho, pede que o Exército apoie o povo na crise gerada pela reeleição controversa de Maduro.

Os opositores afirmam ter “provas irrefutáveis” da vitória de Edmundo González, que substituiu Maria Corina Machado como candidato quando ela foi declarada inelegível.

Na segunda-feira (5), Elvis Amoroso chegou ao TSJ com documentos e provas do ataque cibernético, cumprindo o prazo de três dias estabelecido pelo tribunal para fornecer as atas de votação. A decisão do TSJ de pedir as atas foi feita na sexta-feira anterior, após o resultado da eleição que deu a vitória a Maduro com 51,20% dos votos.

Investigações foram abertas contra González e Machado por supostos crimes, incluindo usurpação de funções e instigação à insurreição. O procurador-geral Tarek William Saab começou a ação após um comunicado assinado por González como presidente eleito, o que, segundo Saab, foi um “falso” anúncio de vitória.

Enquanto isso, Maduro e sua administração enfrentam críticas internas e internacionais sobre a transparência da eleição. O presidente venezuelano afirma que o país está enfrentando “ciberfascismo” e que o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela. Muitos membros de seu governo migraram para o Telegram, e Maduro também criticou o TikTok e o Instagram, prometendo regulamentar essas plataformas.

O número de mortos nos protestos contra o resultado das eleições subiu para 23, segundo o Monitor de Vítimas, com a maioria dos falecidos sendo jovens mortos por armas de fogo.

Maduro reagiu com hostilidade às críticas internacionais, incluindo uma declaração desrespeitosa à União Europeia e a expulsão de diplomatas de países que questionaram sua vitória. A diplomacia brasileira, a pedido do Itamaraty, assumiu a tutela das sedes diplomáticas da Argentina e do Peru em Caracas, após a Venezuela aceitar a assistência.

Gabriel Boric, presidente chileno, rejeitou a vitória de Maduro e acusou-o de perseguir González e Machado, enquanto o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da transparência e do respeito à soberania popular. Os Estados Unidos, por meio de seu porta-voz Matheuws Miller, também não reconhecem González como presidente e pedem negociações para uma transição democrática.

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