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domingo, 24 novembro, 2024
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Tragédia no Flamengo: Adílio, lenda do clube, morre após luta contra câncer

Por Marina B.

O Flamengo está de luto com a perda de Adílio, um dos maiores ídolos da história do clube e o terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa rubro-negra, com 615 partidas. Adílio, que lutava contra um câncer no pâncreas, faleceu nesta segunda-feira enquanto estava internado em um hospital na Freguesia de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Seu estado se agravou na semana passada, e ele não resistiu.

Nascido em 15 de maio de 1956, Adílio de Oliveira Gonçalves fez sua estreia no time profissional do Flamengo em 27 de abril de 1975, aos 18 anos. Conhecido como “Brown” em referência ao cantor James Brown, Adílio defendeu o Flamengo até 1987, marcando 129 gols e se tornando o 14º maior artilheiro da história do clube.

Durante sua carreira no Flamengo, Adílio conquistou cinco títulos cariocas (1978, 1979 – duas vezes, 1981 e 1986), três campeonatos brasileiros (1980, 1982 e 1983), uma Libertadores e um Mundial de Clubes (ambos em 1981). Ele também marcou gols importantes em finais, como no Mundial contra o Liverpool, no Campeonato Brasileiro de 1983 contra o Santos e no Carioca de 1981 contra o Vasco. Em 2019, o Flamengo prestou uma homenagem ao ídolo com um busto esculpido por Eduardo Santos em sua sede na Gávea.

Outro momento marcante de Adílio foi o gol que garantiu o pentacampeonato da Taça Guanabara em 1982, quando ele marcou o único gol da partida contra o Vasco aos 45 minutos.

Adílio era conhecido por sua habilidade e criatividade, formando com Zico e Andrade o melhor meio-campo da história do Flamengo. Seu passe preciso e sua capacidade de controlar o jogo e iniciar ataques o tornaram um dos grandes jogadores da época, levando-o também à seleção brasileira nos anos 80.

Uma história curiosa sobre Adílio ocorreu em 1979, quando Pelé jogou pelo Flamengo em um amistoso beneficente. Adílio, conhecido por ser gentil, foi “vetado” da partida pelo departamento médico de forma não oficial para dar lugar ao Rei do Futebol. Em 2019, Adílio revelou que sua exclusão foi uma manobra para permitir a participação de Pelé, um gesto que ele considerou uma honra.

Além de sua trajetória no Flamengo, Adílio jogou por Coritiba, Barcelona de Guayaquil (Equador), Alianza Lima (Peru) e, no fim da carreira, por clubes do interior do Rio de Janeiro, como América de Três Rios, Friburguense e Barreira. Após se aposentar dos gramados, ele se destacou no futsal, sendo campeão do Mundial de Futsal pelo Brasil em 1989, e trabalhou como treinador de base do Flamengo, conquistando tricampeonatos cariocas sub-20 em 2005, 2006 e 2007. Adílio também continuou ligado ao Flamengo como líder do Fla Master até seus últimos anos.

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