Analistas consultados pelo Banco Central revisaram para cima suas previsões para a inflação neste e no próximo ano, além de aumentarem a expectativa para a Selic ao final de 2025, conforme a mais recente pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (5).
O levantamento, que mede a percepção do mercado sobre indicadores econômicos, revelou que a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ao final de 2024 subiu para 4,12%, em comparação com a previsão anterior de 4,10%. Para 2025, a projeção é de uma alta de 3,98%, contra 3,96% anteriormente.
A meta oficial de inflação para este e o próximo ano é de 3,00%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Esse aumento nas previsões segue o resultado do IPCA-15 deste mês. Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior, o indicador registrou uma alta mensal de 0,30%, com a taxa anual se aproximando do teto da meta de inflação, que é 4,45%.
Os dados do IPCA para julho serão divulgados na quinta-feira (8), e analistas consultados pela Reuters esperam uma alta de 0,35% na base mensal e um avanço de 4,47% em 12 meses.
A pesquisa semanal com economistas também mostrou uma elevação na previsão para a Selic ao fim de 2025, que agora é de 9,75% ao ano, acima da estimativa anterior de 9,50%.
Por outro lado, por sétima semana consecutiva, os economistas mantiveram a projeção para a taxa básica de juros ao fim deste ano em 10,50% ao ano.
Essa revisão nas previsões segue a decisão do Banco Central de manter a Selic em 10,50% ao ano pelo segundo encontro consecutivo. A ata da reunião será divulgada nesta terça-feira (6).
A expectativa para o dólar em 2024 também foi mantida, projetada para encerrar o ano em R$ 5,30. A previsão para a divisa norte-americana ao final de 2025 também ficou em R$ 5,30, um aumento em relação aos R$ 5,25 estimados na semana anterior.
Para o PIB, a previsão para este ano foi ajustada para uma alta de 2,20%, comparada a 2,19% anteriormente. Para 2025, a expectativa é de um crescimento de 1,92%, abaixo da previsão anterior de 1,94%.
O resultado do exposto acima é a deterioração do poder de compra do consumidor e aumento dos preços em geral.