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terça-feira, 24 setembro, 2024
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Maduro afirma ter detido mais de 1.200 pessoas em repressão pós-protestos e envia todos para presídios de alta segurança

Por Marina B.

O ditador venezuelano Nicolás Maduro anunciou a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos que se seguiram à eleição presidencial de 28 de julho. Maduro também prometeu capturar mais mil pessoas.

“Todos os criminosos fascistas serão enviados para Tocorón e Tocuyito, prisões de segurança máxima, onde pagarão pelos seus crimes perante o povo”, afirmou Maduro em uma postagem na rede social X.

A Venezuela enfrenta uma crise política e social após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Maduro como reeleito no último domingo, 28. A oposição alega que houve fraude.

A oposição, liderada por María Corina Machado, Edmundo González e apoiada pela comunidade internacional, contesta o resultado. Acusações de falta de transparência por parte da autoridade eleitoral venezuelana e pedidos para a publicação dos resultados das urnas têm sido recorrentes.

A coalizão Plataforma Unitária alega que González, que disputou a eleição contra Maduro, recebeu 67% dos votos, enquanto Maduro teria obtido 30%.

Protestos em todo o país resultaram em pelo menos 12 mortes até esta quinta-feira, de acordo com ONGs atuantes na Venezuela.

Diante da crise, a Suprema Corte da Venezuela convocou todos os 10 candidatos presidenciais, incluindo Maduro e González, para uma auditoria eleitoral que começará nesta sexta-feira, 2.

No entanto, os integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro e são alinhados a ele. “Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, afirmou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte. O CNE também é dirigido por um aliado de Maduro.

Na quarta-feira, 31, Maduro afirmou que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e garantiu que “a justiça chegará para eles”. Esta declaração, segundo Maduro, foi uma “opinião na condição de cidadão”, feita em resposta à repórter Madeleine García, da TV venezuelana “Telesur”.

González afirmou nesta quinta-feira, por meio da rede social X, que continua firme diante das ameaças de prisão e que permanecerá “ao lado do povo”, prometendo defender sempre a vontade da população.

Em um artigo publicado no The Wall Street Journal, María Corina Machado revelou que está escondida e teme por sua vida. /AFP

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