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domingo, 22 setembro, 2024
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Maduro autoriza repressão brutal e Coletivos atacam protestos contra eleições fraudulentas

Por Marina B.

Desde o último domingo (28), quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a vitória polêmica de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato sem divulgar as atas de votação, o país tem sido palco de protestos massivos. A resposta da ditadura tem sido brutal, com os Coletivos, grupos paramilitares pró-chavistas, atacando a oposição e os críticos do regime com violência extrema.

Desde a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999, os Coletivos têm atuado como força repressiva contra opositores, agora com o respaldo de Maduro e seus aliados para continuar espalhando terror e violência. Diversas denúncias de atos violentos têm surgido, incluindo confrontos em centros de votação e agressões físicas. No domingo, em Caracas, motoqueiros chavistas provocaram uma briga violenta em um centro de votação, enquanto em Táchira, grupos armados invadiram uma escola, resultando na morte de um eleitor.

Os Coletivos foram formados durante o governo de Chávez, com o propósito inicial de isolar e intimidar opositores em áreas pobres. A partir dos anos 2000, os “círculos bolivarianos” evoluíram para organizações políticas e sociais que foram radicalizadas para apoiar o regime. Em 2002, após uma tentativa de golpe, o governo distribuiu armas para os mais radicais dos “círculos bolivarianos”, sob a liderança do general Miguel Rodríguez Torres.

Com raízes que remontam às guerrilhas cubanas dos anos 1960, os Coletivos se espalharam pelos bairros pobres e, até 2019, contavam com até 7.500 membros. Desde 2014, surgiram os “coletivos disfarçados”, formados por antigos policiais e guarda-costas do regime, que têm intensificado a repressão em resposta aos protestos contra Maduro.

No domingo, Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), convocou seus seguidores a saírem às ruas para “defender o voto popular”. Ele instou a mobilização popular para enfrentar a oposição, que questiona a legitimidade dos resultados.

Enquanto os protestos se intensificam, Maduro e seus aliados continuam a reprimir a oposição com força. Nesta quarta-feira (31), Maduro chamou Edmundo González Urrutia e Maria Corina Machado de “covarde” e “criminosa fascista”, respectivamente, após ser proclamado vencedor pelo CNE sem a apuração completa dos votos.

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