O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira, 1º de agosto, que já definiu quem será seu vice para a eleição municipal deste ano. O escolhido é o deputado estadual Eduardo Cavaliere (PSD), que até recentemente chefiava a Secretaria Municipal da Casa Civil. A definição veio após um período de suspense, durante o qual o favorito para o posto era o deputado federal Pedro Paulo (PSD). A escolha é particularmente relevante porque, se Paes for reeleito, ele planeja deixar a Prefeitura do Rio para concorrer ao cargo de governador em 2026, deixando a administração da cidade nas mãos de seu vice.
Paes comunicou sua decisão a Lula durante uma reunião em Brasília. A informação foi inicialmente publicada pelo jornal O Globo e confirmada por VEJA. Pedro Paulo era o mais cotado para o posto, sendo o braço direito do prefeito desde o seu primeiro mandato e tendo um papel destacado nas principais ações da Prefeitura do Rio, além de ter ocupado a Secretaria Municipal da Fazenda nas últimas gestões de Paes. No entanto, ele pediu ao prefeito que não fosse escolhido devido ao vazamento de um vídeo íntimo seu, que estava circulando entre adversários políticos e poderia ser divulgado durante a campanha, prejudicando tanto Paes quanto sua própria vida pessoal.
Aos 29 anos, Cavaliere está em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Rio e já ocupou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente antes de assumir a Casa Civil. Visto pelo prefeito como uma pessoa de confiança com um forte perfil de gestão, Cavaliere enfrenta resistência de uma ala dos aliados de Paes, que acredita que ele carece de traquejo político e habilidade de diálogo necessários para um cargo no Executivo.
Com a escolha, chega ao fim uma longa novela que começou em meados de 2023, quando o PT decidiu apoiar a reeleição de Paes e pleiteou o cargo de vice. Neste ano, o PDT também anunciou seu apoio à reeleição do prefeito e indicou um nome para compor a chapa. Dada a possibilidade de atrelar a sua composição diretamente ao PT no Rio e considerando o cenário de entregar a Prefeitura ao vice em caso de reeleição, Paes optou por escolher alguém de seu círculo mais próximo e definir uma chapa puro-sangue, com outro político de seu partido.