A Fiocruz realizará nesta quinta-feira (1º) uma greve por reposição salarial. Segundo o movimento, os servidores da instituição enfrentaram uma perda de poder aquisitivo de 59% a 75% nos últimos anos, e as negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não avançaram.
Enquanto o Ministério propõe zero por cento de reajuste em 2024, 9% em 2025 e 4% em 2026, os funcionários pedem um aumento de 20% em cada uma das cinco folhas salariais restantes de 2024, além de 20% em 2025 e 20% em 2026.
Paulo Henrique Garrido, presidente do sindicato e professor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, destaca a expectativa do movimento grevista:
“Nossa expectativa é que o governo reconheça toda a contribuição da Fiocruz ao povo brasileiro, valorizando concretamente seus trabalhadores e trabalhadoras. Somos a instituição de saúde pública mais antiga das Américas.”
Garrido também pede um tratamento igualitário entre as categorias:
“Diariamente, vemos notícias de diferenciais de tratamento para algumas categorias mais valorizadas. Somos uma instituição estratégica para a saúde e ciência do país, e sempre estivemos presentes em momentos críticos, como durante a pandemia.”
O movimento também exige a implementação do Reconhecimento de Resultados de Aprendizagem, que deveria ter sido colocado em prática desde 2015, e visa valorizar as atualizações profissionais dos trabalhadores.
Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou que a negociação das carreiras da Fiocruz é uma das 18 em andamento e que o ministério continua aberto ao diálogo com os servidores.
*Com informações, Agência Brasil