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quarta-feira, 25 setembro, 2024
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Controvérsia e protestos explodem na Venezuela após anúncio de ‘vitória’ de Maduro – Bispos pedem verificação imediata

Por Marina B.

A Conferência Episcopal Venezuelana divulgou um comunicado pedindo a verificação do processo eleitoral realizado no país no último domingo, 28. Na segunda-feira, 29, a Justiça Eleitoral anunciou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições, mas não forneceu as atas da votação. Em resposta, líderes da oposição venezuelana contestaram os resultados, alegando que, com 73,25% das atas disponíveis, o candidato Edmundo González Urrutia venceu em todos os estados, com um total de 6.275.182 votos, comparado aos 2.759.256 de Maduro.

Em sua nota, os bispos venezuelanos destacaram “a participação massiva, ativa e cívica de todos os venezuelanos no processo eleitoral” e expressaram sua disponibilidade para prestar acompanhamento pastoral neste momento de preocupação. O episcopado também apoiou o pedido por uma verificação do processo eleitoral, unindo-se aos que dentro e fora da Venezuela exigem uma revisão dos registros de contagem de votos.

Protestos contra a proclamação de Maduro como presidente eclodiram em toda a Venezuela, resultando em pelo menos 12 mortes e mais de 700 prisões. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião extraordinária para discutir os resultados das eleições, que foram questionados por vários países da região.

Como resposta, o governo venezuelano exigiu que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirassem seus representantes do país, devido às críticas sobre as eleições.

Na Europa, Josep Borrell, alto representante da União Europeia (UE), parabenizou o povo venezuelano pela participação pacífica e massiva no pleito, reconhecendo o empenho da oposição apesar das condições desiguais. Borrell afirmou que, sem a verificação dos resultados, eles não podem ser considerados representativos da vontade do povo venezuelano e pediu ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela que atue com total transparência, permitindo acesso às atas e garantindo uma investigação completa de qualquer reclamação pós-eleitoral.

O Centro Gumilla, ligado à Companhia de Jesus na Venezuela, também se posicionou contra a violência e a perseguição política, pedindo respeito pela Constituição e transparência no acesso aos registros eleitorais. O centro lançou um apelo à comunidade internacional para que continue mediando o processo, assegurando que as eleições estejam em conformidade com a Constituição e que as dúvidas razoáveis sobre os resultados sejam esclarecidas por auditorias independentes.

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