Diversas categorias de servidores estão iniciando suas paralisações em resposta à resistência do governo federal em conceder reajuste salarial em 2024. Algumas, como os agentes de órgãos ambientais, funcionários do Banco Central, auditores-fiscais da Receita Federal e agentes da fiscalização sanitária, já deram início às greves, enquanto outras, como as universidades, estão avaliando um possível movimento grevista no primeiro semestre letivo deste ano.
A defesa dos servidores, representada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), propôs uma recomposição salarial em três parcelas: 9% em maio de 2024, 7,5% em maio de 2025 e mais 7,5% em maio de 2026. Até o momento, não houve resposta do governo a essa contraproposta.
Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), destacou que a falta de resposta efetiva do governo pode intensificar a insatisfação, levando a uma possível greve geral. A última greve geral no serviço público aconteceu em 2012, e a atual mobilização busca reajustes salariais em meio à restrição orçamentária anunciada pelo governo Lula da Silva para 2024.
O governo não pretende conceder aumentos salariais em 2024 devido à restrição orçamentária, oferecendo alterações apenas em 2025 e 2026. A proposta oficial inclui aumento nos auxílios, como elevação do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000,00, aumento do auxílio-saúde e do auxílio-creche, justificando a ausência de reajuste salarial pela falta de espaço no orçamento e pela concessão de aumentos em 2023.