Fontes da diplomacia argentina confirmaram que membros da polícia política do ditador Nicolás Maduro romperam um cordão de proteção ao redor da embaixada da Argentina em Caracas e ameaçam invadir o prédio. O ataque ocorreu após a ditadura venezuelana ordenar o corte de energia elétrica no local.
Os policiais encapuzados estavam em busca de prender seis opositores do regime chavista que buscaram refúgio na embaixada nesta segunda-feira.
O asilo político foi confirmado pelo gabinete do presidente Javier Milei, que publicou um comunicado na rede social X (antigo Twitter). O texto informou que a Argentina acolheu os líderes políticos de oposição na embaixada em Caracas “com base na inviolabilidade consagrada no artigo 22 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, à qual ambos os países, Argentina e Venezuela, são signatários”.
Na mesma nota, o governo argentino “pede ao socialista Nicolás Maduro que garanta a segurança e o bem-estar do povo venezuelano e convoque eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas”.
Embora a identidade dos venezuelanos asilados ainda não tenha sido divulgada, a imprensa local reportou que eles são assessores da líder política de oposição María Corina Machado, que foi proibida pela ditadura de concorrer à presidência contra Maduro.