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sábado, 23 novembro, 2024
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Repercussão internacional após vitória contestada de Maduro: Reações e comentários

Por Marina B.

Após um processo de apuração de votos restrito aos fiscais da oposição, o regime de Nicolás Maduro anunciou sua reeleição com 51,2% dos votos, totalizando mais de 5,1 milhões de sufrágios, contra 44,2% ou 4,4 milhões para o candidato opositor, Edmundo González. Esse resultado surpreende, considerando que pesquisas anteriores previam uma vitória de González entre 58% e 62%. A apuração paralela da oposição indica uma vitória para González com cerca de 70% dos votos.

A apuração foi realizada sem a presença de representantes da oposição, que denunciaram irregularidades em coletiva de imprensa realizada às 21h30 (22h30 de Brasília), quando as evidências de fraude se tornaram mais evidentes. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime, alegou que a divulgação dos resultados foi atrasada devido a uma suposta “agressão contra o sistema de transmissão de dados”. Segundo o órgão, com 80% das urnas apuradas, a tendência era de uma vitória “contundente e irreversível” para Maduro.

A líder da oposição, María Corina Machado, alegou que Edmundo González venceu as eleições e destacou a participação “histórica” dos eleitores. Ela também mencionou que quatro auditores independentes confirmaram a vitória de González em todos os estados.

Reações internacionais ao resultado incluem:

Espanha: O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, pediu “total transparência” na contagem dos votos e a publicação detalhada dos resultados, destacando a divisão de opiniões sobre os números brutos apresentados.

EUA: O secretário de Estado Antony Blinken expressou “séria preocupação” com a possibilidade de que os resultados não reflitam a vontade do povo e pediu uma recontagem “justa e transparente” dos votos.

Argentina: O presidente Javier Milei declarou “MADURO DITADOR, FORA!!!” e chamou a vitória de Maduro de “fraude”, pedindo que as Forças Armadas defendam a democracia.

Chile: O presidente Gabriel Boric pediu “total transparência” e a verificação dos resultados por observadores internacionais não alinhados ao governo.

Peru: O chanceler Javier González-Olaechea anunciou que chamará o embaixador peruano na Venezuela para discutir os “gravíssimos anúncios oficiais”.

Costa Rica: O presidente Rodrigo Chaves repudiou a eleição de Maduro como “fraudulenta” em uma mensagem no X.

Uruguai: O presidente Luis Lacalle Pou questionou a validade da vitória de Maduro, apontando falhas no processo eleitoral.

Guatemala: A presidência pediu “resultados transparentes e precisos” e a defesa do voto dos venezuelanos pelas missões de observação eleitoral.

Aliados de Maduro:

  • O presidente cubano Miguel Díaz-Canel celebrou o “triunfo” do povo venezuelano.
  • O presidente nicaraguense Daniel Ortega enviou “saudações e homenagem” a Maduro.
  • O presidente boliviano Luis Arce parabenizou a reeleição de Maduro e reforçou os laços de amizade entre os países.
  • A presidente hondurenha Xiomara Castro elogiou o “triunfo inquestionável” de Maduro e o legado de Hugo Chávez.

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