O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impulsionou significativamente o capital político do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), fazendo com que as intenções de voto para o ex-diretor da Abin mais do que dobrassem, passando de 14% para 30%, segundo a pesquisa Quaest sobre as eleições na capital fluminense, divulgada nesta quarta-feira (24).
Por outro lado, a estreita colaboração entre o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), e o presidente Lula (PT), tem afastado muitos de seus potenciais eleitores, resultando em uma queda nas intenções de voto (de 52% para 46%).
Enquanto o líder conservador Jair Bolsonaro mantém alta popularidade entre os eleitores, a aprovação de Lula está caindo devido a um governo visto como perdulário, sem compromisso fiscal e com grande apetite tributário, além de uma série de declarações controversas do petista que têm tido consequências econômicas negativas para os brasileiros.
O levantamento também revela que Ramagem cresceu dez pontos percentuais, de 14% para 24%, entre os evangélicos, em comparação com os dados do mês passado. O conservador também avançou 11 pontos entre os eleitores de Crivella em 2020, passando de 32% para 43%.
Em um cenário com maior número de candidatos, em pesquisa estimulada, Paes aparece com 49%, seguido por Ramagem, com 13%, e Tarcísio Motta (PSOL), com 7%.
Cyro Garcia (PSTU) e Rodrigo Amorim (União Brasil) alcançam 3% cada. Juliete Pantija (UP) e Marcelo Queiroz (PP) têm 2% cada. Carol Sponza (Novo) e Dani Balbi (PCdoB) obtiveram 1% cada. Votos em branco, nulo e eleitores que manifestaram a intenção de não votar chegam a 15%. Indecisos são 4%.
Entre os dias 19 e 22 de julho, foram entrevistados 1.104 eleitores cariocas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Rádio Tupi e registrada na Justiça Eleitoral com o número de protocolo RJ-03444/2024, com um nível de confiança de 95%.