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segunda-feira, 7 outubro, 2024
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Enchente devastadora no Rio Grande do Sul: Como a negligência influencia a moral cristã

Por Marina B.

Tiago advertiu que quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado (Tg 4.17). Ele estava se referindo ao que é conhecido como pecado da negligência. Ao contrário dos pecados que se manifestam através de ações concretas, como mentira, adultério ou roubo, este pecado se revela na ausência de ação.

Jesus frequentemente alertou contra esse tipo de pecado. Por exemplo, as virgens tolas na parábola não tinham óleo, o que simboliza a falta de preparação e ação. Na parábola dos talentos, o pecado não é receber ou produzir pouco, mas a recusa em investir e fazer o bem. Da mesma forma, na parábola da figueira, a decisão de cortá-la não é devido à pouca produção, mas à completa ausência de frutos.

A vida cristã deve refletir a vida de Jesus, o que significa viver como Ele viveu. Assim como Jesus andou fazendo o bem, nós, como cristãos, fomos chamados para agir de maneira semelhante. A demonstração da vida de Jesus por meio de ações práticas é uma realidade esperada para todos que se dizem nascidos de novo.

Recentemente, o estado do Rio Grande do Sul enfrentou a maior enchente de sua história, descrita por um militar como uma destruição, não apenas uma enchente. Este evento não é apenas uma das muitas inundações que afetam as regiões ribeirinhas, mas a maior catástrofe climática da história do estado. Mais de cem mortos, milhares de famílias desabrigadas e um nível de água tão alto que muitas famílias perderam tudo.

Essa tragédia gerou uma onda de solidariedade de pessoas de todo o país. Ao trabalhar com as doações recebidas de outros estados, observei a participação de diversas entidades e até religiões não cristãs, todas empenhadas em ajudar o próximo.

É verdade que, entre os gestos nobres de solidariedade, há aqueles que aproveitam a situação para roubar ou para promover a si próprios sob o disfarce de caridade. Essas atitudes são reprováveis, mas não diminuem o valor dos atos verdadeiramente altruístas.

Se a solidariedade é um sentimento que surge em meio a crises humanitárias, quanto mais esse sentimento deveria ser intensificado em aqueles que experimentaram o novo nascimento em Cristo? A situação atual oferece uma oportunidade para que igrejas e cristãos de todas as denominações mostrem o verdadeiro cristianismo através de ações concretas. Em momentos em que pequenas doações de alimentos, roupas e cobertores podem fazer uma grande diferença, como pode um cristão ficar de braços cruzados?

Não há dúvida de que o pecado da negligência, contra o qual a Bíblia nos adverte, se torna ainda mais grave em situações de tragédia como esta. Devemos lembrar dos ensinamentos de Jesus, que nos mostrou como servir ao próximo com sua própria vida. E o que Tiago escreveu há quase dois mil anos ainda é válido hoje: aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado.

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