A Alemanha, ciente de sua responsabilidade histórica vinculada ao Holocausto durante a II Guerra Mundial, surge agora como oponente à posição adotada pelo Brasil e outros países em relação à denúncia contra Israel no Tribunal de Haia.
Em um comunicado oficial do governo federal alemã, o porta-voz Steffen Hebestreit destacou que, após o brutal ataque perpetrado pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em torturas, mortes e sequestros de inocentes, o governo alemão rejeita categoricamente a acusação de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça. O Hamas, com o objetivo declarado de acabar com Israel, desencadeou uma resposta de autodefesa por parte do país, uma medida considerada desumana.
O governo alemão, comprometido com a Convenção contra o Genocídio em função de sua própria história e do crime contra a humanidade da Shoah, posiciona-se firmemente contra qualquer instrumentalização política. Hebestreit ressaltou que, embora diferentes países possam avaliar a operação de Israel em Gaza de maneira distinta, a acusação de genocídio carece de qualquer fundamento, sendo veementemente rejeitada pelo Governo Federal alemão.
Adicionalmente, foi comunicado que o governo alemão pretende intervir como terceiro na audiência principal do Tribunal Internacional de Justiça, reiterando assim seu compromisso e apoio ao trabalho dessa instituição, uma postura que perdura por muitas décadas. Essa intervenção reforça o compromisso da Alemanha em buscar uma perspectiva justa e equilibrada diante das complexidades envolvendo o conflito em questão.